Ora bem, acabou-se a brincadeira. Fui condescendente durante muito tempo, deixei a coisa arrastar-se, fui benevolente, amiga até, mas agora acabou. Neste rabo não há-de figurar um grama de celulite que seja, isso vos garanto eu (ou então não, mas convém uma pessoa estar confiante)! Pois que inspirada pelas vossas magníficas frases sobre como exterminar celulite, também eu decidi aderir à Body Concept. É o típico caso de "se não podes vencê-los, junta-te a eles". Estou, portanto, conformada. Já percebi que, se estiver à espera de um milagre (daqueles que consistem em estar muito bem sentada no sofá, e de repente... pufffff, dá-se uma sensação de vácuo e o rabo encolhe), a coisa não se dá. Portanto, hoje, pela fresquinha, lá estava eu com as nádegas a serem sugadas por um aparelho assassino (diz que é endermologia). Dor, muita dor, até parece que ouvia a celulite a guinchar. Morre aí, minha cabra. Desconfio que estou toda negra, mas pronto, ossos do ofício. Foi uma hora naquilo, com uma menina muito simpática que ia dizendo "não está assim tão mau". Uma querida, a querer poupar-me à verdade. Diz que daqui a dez sessões já perdi cintura e que a celulite vai estar muito atenuada e eu, que sou uma desesperada, acredito piamente em todas as palavrinhas. E escusam de vir para aqui dizer que não há nada a fazer, que a celulite estará no meu rabo para todo o sempre, que não tem cura e mimimi, que eu não vos dou ouvidos. LÁ LÁ LÁ, NÃO ESTOU A OUVIR NADA, LÁ LÁ LÁ!
Quarta-feira tenho consulta de nutrição, também na Body, que isto não pode ser só depositar todas as esperanças na maquineta e depois continuar a enfardar leitão da Bairrada e um Lion por dia, ao lanche. Já sei que vou sair de lá com a ordem de beber muita água, por isso já tenho uma garrafa Marc Jacobs e outra da SIGG, que sempre encoraja mais beber por uma garrafa gira. Qualquer motivaçãozinha extra é bem-vinda, meus amigos. O frigorífico já está devidamente abastecido de iogurtes e gelatinas, para o pequeno-almoço e lanche, e a fruteira foi reabastecida. Há uma semana que me porto relativamente bem, por isso não percam a fé em mim. O próximo passo é esperar que o bom tempo assente para fazer umas caminhadas pela manhã. Ou pela tardinha, vá, sempre é mais garantido. Raismapartam se não vou ser uma noiva sem celulite, pá! Vou-vos pondo a par dos progressos. Sim, só se admitem progressos!
Isto agora é sempre aos pares, para escoar o stock de comentários parvos, que é grande, ui, tão grande. Sem mais demoras, aqui vamos nós:
"Cada vez metes mais nojo... e olha podes vir pesquisar o meu IP também, estás à vontadinha, ó pra mim tão preocupada!" - Ana
Querida Ana, ele há coisas! O problema que a menina tem com o meu blog, eu tinha igualito, mas com iscas. Era coisa que me enojava, dava-me voltas ao estômago, ficava ali com as iscas no prato, até ficarem frias. Até que houve um dia em que pensei: "mas espera lá! Se eu não gosto de iscas, porque raio as estou a enfiar no bucho?". E foi assim que, depois de tão iluminado pensamento, me deixei estar sossegada. E comecei a comer bifes. E outras cenas. Iscas nem vê-las. É por isso que estou completamente solidária com o seu problema. O nojo é um drama dos tempos modernos. Uma pessoa a ficar agoniada, agoniada, e ninguém faz nada por nós, não é? Eu compreendo, minha pequenina. Mas olhe, porque é que não faz o mesmo que eu fiz com as iscas? E, pronto, sei lá, deixava de aparecer por cá? Assim já não ficava indisposta e amarelada. Mas se quer mesmo insistir (até porque, percebo, é difícil abandonar um blog desta qualidade), pelo menos abra uma janela, para apanhar o fresquinho. Hmmm? Que tal?
Quanto a ir pesquisar o seu IP... hmmmm... acho que não. A menos que também trabalhe numa loja e ande mortinha para ir parar ao olho da rua. Caso contrário, não tem graça. Mas sabe o que é que tem graça, mas assim mesmo muita? É a menina dizer "ó pra mim". Que querida! Afinal estou com vontade de ir pesquisar o IP. Só para confirmar a origem saloia.
"Este pais não vale um caralho, posso dizer isto no teu blog não posso? E não é por tu seres benfiquista e quereres que o Sporting perca, é tão simplesmente por te dar voz, por existir uma editora que publicou um livro cheio de nada, por existirem marcas que se vendem aqui, por existir quem te siga como se o teu blog fosse uma revista cor-de-rosa, és no fundo uma triste e mais triste sou eu, que parei aqui por engano e fiquei a ler, como se aqui se pudesse encontrar uma frase de jeito, mas nem uma e assim me vou. Tenta escrever alguma coisa de inteligente e de útil, ficava-te bem com os sapatos." - Laura
Eu não sei o que se passa com o mulherio deste meu Portugal, mas lá que anda inflamado, isso anda. Pois que a nossa amiga Laura está insatisfeita com o país onde vive. Grande aborrecimento. Mas como este é um blog pós-moderno, pode dizer caralho à vontade, vamos embora, nada de contenções verbais. Vamos lá, juntas: caralho, caralho, caralho! Pronto! Mais aliviadinha? Menos irada? Menos de mal com a vida? Então continuemos. Não é complicado perceber que a Laurinha é sportinguista e que anda um pouco desorientada com isso. É normal, eu também estaria, sobretudo depois do fim-de-semana passado, onde o Sporting lá encaixou mais três. Olhe, que fazer? São as vicissitudes da vida! O Benfica também andou por esses caminhos, isto toca a todos. A uns mais que outros, mas quer dizer, depois de 18 anos a pão e água ainda fica surpreendida com estas coisas? Olhe, a mim, os dez anos de jejum do Glorioso já me deixaram calejada para a vida. Tudo o que vier agora é bónus. Por isso nada de derrotismo, nada de bracinhos caídos, que isto é preciso é ter fé no mister, hã? Cabecinha para cima! Upa!
Anda-se um bocadinho mais para a frente e percebe-se que o desgosto da Laura não é só com o Sporting, é com a vida em geral. Pronto, nesse caso já só com um bom psiquiatra e muito Xanax pela goela. Vai ver que fica fina. É que essa azia não faz bem a ninguém, tira-lhe anos de vida. Ele é a preocupação por me darem voz, ele é por haver uma editora que quis publicar as minhas magnânimes teorias de vida, ele é porque há marcas que se vendem aqui (estou confusa... o objectivo das marcas não é vender? Seja aqui, seja na mercearia lá do bairro?), ele é por eu ter leitores que até gostam de cá vir... credo, Lálá (posso tratá-la assim, não posso?), mas afinal não há nada que a alegre? Um emprego bem pago? Um namorado que lhe aqueça os pés ao fim do dia? Vá, pronto, um gato que se roce em si? Qualquer coisinha que lhe tire a acidez? Nada? Menos mal que, no meio de tanta asneira, ainda lhe dá ali um rasgo de consciência, quando diz "és no fundo uma triste e mais triste sou eu". Ah, bom! Seja feita justiça. Está dito, está dito! Eu, por acaso, assim que li o comentário, também achei logo que a Lálá era uma triste, mas não quis ser eu a dizer primeiro. Mas pronto, se é a menina que o diz, eu bato palmas e aceno com a cabeça em sinal de concordância. É uma triste, sim senhora! Já agora, quando diz que veio aqui parar "por engano", andava à procura de quê? Receitas de pipocas doces? Ou foi qualquer coisa mais nayghty, naughty?? Hmmm? Laurinha, conte-nos tudo, não nos esconda nada. E, pelos vistos, foi um engano tãaaaaaaaaao longo que deu logo para traçar todo um perfil sociológico da minha pessoa. Cá para mim, a Lálá é uma daquelas que se "enganam" todos os dias. E todos os dias cá vem parar, por obra e graça do espírito santo. "Uppps, eu não queria, mas cá estou eu outra vez. E outra vez. E mais outra. Olha, de novo!". Pois, pois... é por isso que o blog anda nas doze mil visitas diárias. Anda tudo ao engano. Mas agora estou triste, porque a Laurinha disse que ia embora. Partiu-me o coração. Não váaaa! Fique. Precisamos de si. Este blog não seria o mesmo sem as Laurinhas desta vida. Por favor, restantes leitores, peçam lá com muita força para a Laura não ir embora. A sério, se ela for eu fecho o blog, pá! É que não estou em mim com a dor e o desgosto deste abandono. Bolas, pá!
Ilhas Phi Phi
Passatempo pureDKNY/Pipoca Mais Doce 
Assim que os vi na montra foi como se fosse sugada para dentro da loja. Os meus olhos bateram neles e foi amor à primeira vista. Experimentei-os. E são altos. Tão altos. Suspirei, suspirei, suspirei e deixei-os lá. Mais para o final do mês conversamos.
Pois que a jovem anónima da Hoss Intropia voltou. Desta feita para dizer:
"A todas as imbecis como a Srª Maria João que duvidaram do facto de eu trabalhar na loja em questão um pequeno esclarecimento: se eu não me identifiquei é lógico que não me despedirão a não ser que despeçam todas na dúvida. Trabalho na loja mas tenho opinião e essa ninguem me tira. E a opinião que eu tenho da senhora deste blog é que é uma interesseira futil como nunca se viu."
Eu cá não sou de intrigas, mas se calhar aconselhava esta pequena a sossegar. É que se a marca quiser saber quem é a funcionária, consegue descobri-la num abrir e fechar de olhos. Não é preciso muito. PRIMEIRAS PARA FORNECER IPs! Pick me, oh pick me! Que eu saiba, não há assim tantas funcionárias nessa loja, e se a jovem calhar a não ser famosa por aquelas bandas, as colegas fazem-lhe a folha em três tempos. É que a Hoss pode não despedir todas em caso de dúvida, mas em caso de dúvida todas vão querer pôr-se ao fresco desta situação. Por isso tenha juizinho nessa cabeça, que estamos em época de crise e não é fixe ir parar com os costados ao centro de emprego (isto se não for parar ao olho da rua sem passagem pela casa do subsídio de desemprego). Eu já lá andei, e olhe que aquela gente é chata que se farta, e vai querer ensiná-la a fazer currículos, e cursos de origami e cenas aborrecidas. Assim sendo, continue lá a ter a sua opinião, mas diga-a baixinho, está bem? Não é por mim, quercásaber, é mesmo por si. A publicidade negativa que está a dar à marca é deprimente. Já pensou que, depois de ler isto, quem for à loja vai ficar sempre a olhar de lado para a funcionária? E a perguntar "será esta a tontinha sem noção?". E eu depois eu fico aqui na dúvida... "ai, que amanhã ligo à RP da marca a dizer para estarem de olho nas funcionárias e no que andam a dizer, ai, que afinal não ligo que tenho mais que fazer...". Olhe, com sorte ainda me oferecem os tais trapinhos. Em 34/36. Já agora, dá para pôr acentos nas palavras? Gosto mais. Tontinha querida.
Blog meu, blog meu, haverá comentador mais parvo do que o meu? #2
E eis chegado o dia da vossa rubrica favorita. Gostam muito, não gostam? Eu também, ao ponto de já ter criado um documento no word intitulado Comentários Idiotas. Ainda só leva uma página, mas tenho a certezinha que vai crescer num instante.
Pois bem, hoje decidi brindar-vos com DOIS comentários parvos! Dois logo assim de uma vez! A verdade é que são todos tão bons que depois uma pessoa tem alguma dificuldade em escolher. É uma chatice. Mas pronto, vamos lá começar.
"lol...percebes tanto de futebol como eu de lagares de azeite. De volta para a cozinha, que é o que fazes de melhor... imbecil. Não passas de uma cretina."- Tó
Antes de mais nada, uma pessoa que responde pelo nome de Tó devia estar sossegada e não andar a espalhar parvoíces pelos blogs alheios, mas não. Ele chama-se Tó e não tem medo de o dizer. Pois, doce Tó, tenho más notícias para si. Eu nunca, em tempo algum, disse que percebia de futebol. Nem quero perceber. Eu quero é ver o Benfica ganhar, isso é que me dá alegrias. Agora saber a regra do 4-3-3 ou quantos milímetros faltam para o fora de jogo... sinceramente, estou-me nas tintas. Mas como o Tó parece ter demasiado tempo entre mãos, convido-o a passar os olhos pelos seis anos e tal de blog e descobrir quando é que eu disse que percebia de futebol. Não percebo. Agora uma grande pena é o Tó não perceber nada de lagares de azeite. Isso é que é uma maçada das grandes. O país estava a contar com o Tó, e o Tó desilude-nos desta maneira. Português que se preze tem uma tese de mestrado em lagares de azeite. E agora? Como é que o azeite Galo vai continuar a cantar desde 1919? Com gente assim não nos safamos, Tó!
Depois disto, o Tó manda-me de volta para a cozinha, que é o que faço melhor. A minha cozinha é bonita e confortável, que é, mas já estou como a Carrie: uso o forno para guardar camisolas. Infelizmente, o que faço melhor não é cozinhar. Eu gostava, Tó, a sério que sim, mas não nasci com esse dote, que fazer? Sim, eu sei, segundo a sua perspectiva troglodita, se sou mulher e não dou uso à cozinha, fogueira comigo. Estas mulheres moderninhas que não gostam de cozinhar, era corrê-las todas à pedrada. Grandes vacas.
Enfim, pequeno Tó, antes cretina que pré-histórica e usar argumentos que podiam ter alguma piada em 1937, mas que agora reflectem apenas o troll que há dentro de alguns homens. Afinal reformulo: pior que ser cretina, só mesmo chamar-me Tó. Yack.
E vamos ao segundo momento brilhante do dia. A propósito da wishlist de ontem, com roupa da Hoss Intropia, temos o seguinte comentário de uma... anónima (uau, surpreendente):
"minha querida, eu trabalho na loja em questão...isso é o quê? publicitar a marca e dizer o tamanho e tal para ver se a marca te ofereçe alguma coisa ?! vives das ofertas dos outros e depois andas por ai a pavonear-te, figurinha...."
Tratar outra mulher por "minha querida" está quase ao mesmo nível que responder pelo nome Tó (desculpem, não resisto, o Tó aqueceu-me o coraçãozinho). É logo começar bem. "Minha querida", em termos práticos, é o mesmo que dizer "oh, minha grande cabra". Quando me vêm com o "minha querida", já sei que atrás deve estar uma unhaca de gel e uma poupa com farripas. Mas pronto, este comentário levou-me à conclusão que há gente commuito pouco amor ao emprego. Em vez de esta anónima ficar contente por eu publicitar (GRATUITAMENTE) a marca que lhe dá de comer, vem para aqui queixar-se. Não lhe passa pela cabecita esvoaçante que estou a dar notoriedade à marca. Que mais gente a fica a conhecer. Que mais gente fica interessada. Que mais gente vai comprar. Que, se calhar, até vai ganhar mais umas quantas comissões. Sendo que, com este espírito, não deve vender nada. Estou mesmo a vê-la a dizer às clientes "mas vais levar isso para quê? Já viste a lontra que ficas dentro dessas calças? Pousa lá mas é isso aqui outra vez e vai antes à Helena Mirò, que aí é que há roupa para cachalotes como tu. Olhamesta!".
E depois, anónima de mi corazón, o que é que lhe afecta a si se a marca me decidir oferecer umas cuecas ou um guarda-roupa inteiro? Vão-lhe ao bolso? Cortam-lhe no salário? Tiram-lhe o subsídio de alimentação? Obrigam-na a trablhar mais horas para compensar as peças ofertadas? A resposta foi não a tudo? Então o que é que lhe interessa, minha boa amiga? Eu sei que trabalhar numa loja pode ser chato e a malta tende a ficar de mal com a vida, mas quer dizer... trabalha na Hoss, só pode ser uma alegria, um deleite para os olhos. Eu não achava nada mau. Se calhar só ainda não conseguiu perceber que as wishlists das segundas-feiras são, simplesmente, coisas que eu gosto e partilho com os leitores. Para lhes lavar a vista, está a ver? Porque me diverte e porque gosto de ver coisas bonitas. E sonhar com elas. E comprá-las quando estou para aí virada e quando o meu salto não anda ali a rondar os 17,20€. Diz que vivo das ofertas dos outros e eu gostava. Juro que sim, não tinha nenhum probleminha com isso. É que nenhum. Deixava de trabalhar e era um regalo ficar em casa a receber presentes. Eu bem que lanço a escada à Louboutin e à Vuitton, mas nada, está difícil. Já agora, a figurinha tem desconto na Hoss? Se tiver avise, que vou lá e ainda lhe dou dois beijinhos. E digo à sua patroa para a promover a empregada do mês. Com esse espírito merece.
Ai, ai. Não se porte bem não, que qualquer dia é recambiada para a Cadena.
Este ecrã wide led da LG, de seu nome Flatron, foi muito feliz aqui em casa durante dois meses. Instalei-o no melhor armário, liguei-o ao computador, vi o Pipoca-the blog em alta resolução, quase lhe dei beijinhos de tão querido que é. Está novinho em folha, como se vê pelos plásticos em volta. Nem um arranhão para amostra. Um mimo. Agora está na hora de nos separarmos, de dizermos adeus. A vida é assim, feita de encontros e desencontros. Na verdade podia ter ficado com ele, mas não me pareceu boa ideia, até porque já temos um LCD Scarlett de 987 mil polegadas do qual o meu homem é um grande devoto há uns bons anos. Também podia ter feito um concurso entre os leitores, mas já passo a vida a estragar-vos com mimos. Por isso decidi que o vou entregar a uma instituição de solidariedade. Qual? É nesta parte que vocês entram. Digam-me de vossa justiça. Digam-me a quem é que gostariam que este monitor fosse entregue, e a instituição mais votada (pode ser fora de Lisboa) fica com este belíssimo aparelhito, que pode ser ligado a qualquer computador ou box. Leve que nem uma pena, tão fininho que parece anoréctico. Enviem, por favor, as vossas sugestões até ao final da semana para apipocamaisdoce@gmail.com. E já que participam tão activamente em todos os passatempos aqui lançados, peço-vos que participem também nisto, que é mais importante. Pode não parecer nada de especial, mas de certeza que vai ter utilidade algures.
Ora bem, para quem teve dificuldades em perceber o post abaixo, eu passo a explicar. Vamos então atentar no excerto que se segue:
"E como a esperteza não abunda por aquelas bandas, ainda acharam que era giro partirem os vidros dos prórios autocarros"
Estão a acompanhar-me? Ainda estão aí? Ora bem, então em que parte é que eu digo que TODOS os portuenses são pouco espertos? Onde é que houve aqui uma ofensa ao Porto em geral? Estamos com dificuldades de leitura e de interpretação? Estava, obviamente, e como me parece de fácil dedução, a referir-me aos ilustres membros dos Super Dragões que acharam que era uma ideia inteligente partirem os vidros para poderem atirar pedras com maior liberdade de movimentos. Esquecendo-se que teriam de voltar para o Porto nesses mesmos autocarros. E como não estamos propriamente no pico do verão, digo eu que deve ter sido uma experiência a atirar para o desagradável. E lamento, mas acho membro que os membros das claques, sobretudo os Super Dragões, são gente pouco dotada de inteligência.
Quanto ao "que pena que eu tenho de quem não é do Benfica. Nunca vão saber o que isto é", não me estou a referir ao número de vitórias que temos ou deixamos de ter. Do passado glorioso e do outro, mais infeliz. É outra coisa. E eu posso explicar vinte sete mil vezes, quem não é do Benfica nunca vai saber.
Ah, e acho muito engraçado virem agora dizer que a taça não interessava nada. Que estamos todos orgulhosos de um título jogado a feijões. Pois. Mas não fomos nós que pusemos todos os titulares a jogar. E a dar porrada como se não houvesse amanhã. A malta foi na descontra, quase com a equipa B, e chegou e sobrou para marcar três sem resposta. Percebam uma coisa: para nós benfiquistas, mais do que vencer a Taça da Liga, este será sempre o jogo em que calámos o Porto. Ah, e tal, mas em 1953 o Porto também ganhou ao Benfica por 24-3. Pois pois. Como diriam os Moloko, the time is now. E esta, meus amigos, já ninguém nos tira.
Estar dois dias numa ilha com água morna, sol que dá direito a escaldão, gente do mais divertido que há e comidinha da boa, é tudo o que uma pessoa pode querer. Pronto, e o namorado, que ficou por cá a trabalhar.
E o que é que têm de fazer para se habilitarem? O que é, o que é? Calma, que não vamos pedir a ninguém que nos mostre o rabo e a respectiva celulite que por lá abunda. Basta criarem uma frase, poema, tese de mestrado, composição escolar ou texto de ficção dedicado ao tema "o que eu era capaz de fazer para assassinar a celulite que se me instalou". Como sempre, é obrigatório incluir umas quantas expressões. A saber:Apesar das 1752 assinaturas que a petição já conta (obrigadinha, são os mais fofinhos), tenho para mim que ainda não será desta que uns Louboutin terão o privilégio de assentar nestes pezinhos de troll que Deus me deu. Nunca estive a contar com isso, portanto tenho várias opções pensadas. A única coisa que sei é que os sapatos não serão brancos. Porque não gosto e porque jamais os usaria depois da boda. É atirar dinheiro ao ar. Estou virada para uns prateados ou dourados. Hoje passei na Rosa Clará e os meus olhos pousaram no modelo abaixo apresentado, mas em douradinho (210€). São lindos, lindos, lindos e imagino que poderemos ser felizes juntos em muitas outras ocasiões para além do casamento. A ver se lhes tiro uma foto à socapa.
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
SOMOS OS MAIORES, CARALHO!
E HOJE POSSO DIZER CARALHO, DEIXEM-ME DA MÃO QUE ESTIVE 90 MINUTOS A VER O JOGO NUM SITE MANHOSO E QUE ESTAVA SEMPRE A ENCRAVAR. GANHÁAAAAAAAAAAMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSSSS!
O caminho faz-se caminhando
Nem sempre é fácil, mas é fácil muitas vezes. Daqui a seis meses, mais ou menos a esta hora, já teremos dito que sim em frente a toda a gente que nos importa. E não é isso que importa?
Neste caso não vai ser preciso matar ninguém nem recorrer à violência, visto que os sapatinhos estão encomendados e estou a fazer risquinhos na parede, a contar os dias para que me cheguem cá a casa. E adivinhem com o que é que vou usar os segundos, adivinhem. Palpites??
Alegrem-se os que me enviaram mails a dizer que não conseguiam encontrar "a obra". A primeira edição do Pipoca-the book sumiu-se, mas a segunda chega às livrarias dentro de poucas semanas.
"As sandálias são giras mas calçadas com meias fica super piroso. Quando o pessoal via um camone no verão de sandálinha com meia achava fatela,.... isto é exactamente o mesmo. É assim, sapatinho aberto é mesmo para o verão, no inverno contentem-se com os fechados - é a lógica da batata, até as criançinhas percebem que no inverno não se usam sandálias. Para usar só sem meínha, collant ou soquete"- Nucha
Ora bem, para estrear esta rubrica, nada como começar em grande. Ou seja, com um comentário que não só é parvo, como tem erros para dar e vender. Adoro.
Pois diz a nossa amiga Nucha (será a do Festival da Canção? A do "Sempre há sempre alguém?"? Hmmm?) que sandálias com meias "fica super piroso". Está certo, são opiniões, e as opiniões são como a vagina: cada uma tem a sua, e quem a quer dar, dá. Mas eu gostava que se fizesse aqui uma distinção importante: por um lado, há as coisas que não gostamos/não percebemos. Por outro, há as coisas que são pirosas. E uma coisa não tem de estar necessariamente ligada à outra. Há muito boa coisa que eu não gosto, mas nem por isso acho que seja piroso. Por exemplo, calças afuniladas. Não me ficam bem, que sou uma mulher de ancas generosas, mas não acho que seja piroso. E gosto muito de ver em quem tem corpo para tal. Tudo isto para dizer que sandálias de salto alto com collants opacos não são uma coisa pirosa. Nem aqui nem no Bangladesh (bom, talvez aqui, tendo em conta que há muito boa gente narrow minded no que toca a estilo e tendências). Já sandálias Birkenstock com meias, usadas por turistas esbranquiçados, isso é outra conversa. Pode ser prático, confortável, e tudo e tudo, mas é mau. Mau mau mau. Não é um estilo, é só feio. Ou fatela, como diz a Nuchinha.
Continua a querida leitora dizendo que "sapatinho aberto é mesmo para o verão, no inverno contentem-se com os fechados". E pronto, mais nada, que se a Nucha diz que é assim, é assim que tem de ser. Do mesmo modo que só se pode comer gelados no Verão (no Inverno nem pensar, era o que mais faltava), e só se pode pinar depois do casamento. É assim que está instituído, não venham agora estas malucas querer usar sandálias no Inverno que vai tudo corrido à lambada. O mundo está virado do avesso... sandálias no Inverno, onde é que já se viu! Qualquer dia também vão querer usar vestidos, querem ver?
Em jeito de conclusão, a pequena Nucha remata com duas tiradas científicas que arrumam qualquer um a um canto. "É a lógica da batata, até as criançinhas percebem". Eh pá, se é a lógica da batata que diz que é impossível calçar sandálias no Inverno, e se até as criancinhas percebem tamanha evidência, então eu aceno a bandeirinha branca e rendo-me a tão eloquentes argumentos. Enquanto o Verão não arrancar jamais este pezinho verá uma sandaloca que seja! Nada! Longe de mim querer infringir o que está instituído para aí desde 1450.
*e quem diz parvo diz outra coisa qualquer
