Foi há dez anos que o telefone tocou com más notícias. E não há um dia que me esqueça disso.

Só para agradecer à Ana Azevedo, a primeira leitora a enviar uma caixinha de pensos com bonecos para o hospital Garcia de Orta. Obrigadinha, sim?

FAQ

Os botinzinhos cor-de-rato maravilhosos são da Stradivarius. Para aí 45,90€, ou coisa que o valha.

Temo que o Cavaco Silva esteja a enlouquecer. Já não há paciência para tanto segredinho, e para tanta falta de comunicação, e para tanto "só falo quando me apetece e não respondo a perguntas dos jornalistas". É só lançar coisas para o ar e depois retira-se de fininho, como se não fosse nada com ele. E o país fica na mesma. Afinal há escutas ou não há escutas? Afinal o Fernando Lima é que se lembrou de andar a fazer queixinhas ao Público ou serviu só de bode expiatório às queixinhas do Cavaco? Não podem amarrar o senhor presidente a uma cadeira e obrigá-lo a responder às perguntas da Nação?

Black Eyed Peas "I Gotta Feeling"

I Gotta Feeling que as próximas noites vão ser good, good nights. Vamos lá, pequenada, tudo a saltitar ao som desta música.

As pessoas que acham que verniz vermelho fica mal com roupa rosa (ou outra qualquer) estão mais ou menos ao mesmo nível das que acham que um casal deve ir a condizer num casamento, gravata e vestido a fazer pendant: pararam, mais ou menos, em 1987.

Uma única nota sobre as eleições: a barba do Rodrigo Guedes de Carvalho é ridícula.

E pronto, foi um fim-de-semana em grande. Na sexta a Caty casou e estava linda que só ela. Fui fazer uma leitura e consegui não me espetar no meio do altar o que, só por si, já foi um sucesso. Depois seguiu-se a festarola da Time Out, um sucesso. Sábado foi dia de massagem das boas e de ida à Luz para ver o Glorioso arrumar o Leixões com um grandioso 5-0. Enfim, um dia normal na vida de um benfiquista.

Ficam as fotos dos looks, que eu sei que vocês gostam (incluindo o da festarola no Lux, para devida apreciação do padrão tigresse. 80's back!).

E é já amanhã. Segundo aniversário da Time Out, para comemorar em grande.

Batem leve, levemente

Como quem chama por mim

Serão Vuitton? Serão Chanel?

Baratas não são certamente

Mas uma Longchamp Gatsby não pude custar tanto assim (ou será que pode?)

Giras que se fartam. A de pele de cobra deixava-me a saltitar.

Ele: Bem, tive um sonho horrível, até me senti mal.
Eu: A sério? Então?
Ele: Sonhei que o Jesus tinha saído do Benfica para a Juventus.
Eu: ... ah ...
Ele: E depois fomos jogar contra a Naval e perdemos 4-1.
Eu: ... hmmmm....

Posto isto, Jesus, se me estás a ouvir, não deixes o Benfica, está bem? Caso contrário o meu homem enlouquece e acorda a meio da noite com pesadelos. Que me passam ao lado por estar a dormir que nem uma lontra.

E hoje é dia de quê? Festa de aniversário do LUX!

E pronto. Vai-se a ver e já é Outono outra vez. Bolas!

Há mais ou menos um ano, quando era uma jovem solteira e saltitante, fui sair à noite com uma data de amigas, tudo mulheres. Andava há mais de meio ano a ressacar o final de uma relação e aquela saída foi dos primeiros momentos realmente felizes e divertidos em muito tempo. Quis a noite que acabássemos no Jamaica, onde os meus olhinhos de águia Vitória descobriram um jovem com muito bom aspecto e com um ar vagamente familiar. Depois de dar muitas voltas à cabeça, lá percebi de onde é que o conhecia. Não sei se era do barulho das luzes (do álcool não era de certeza), mas achei que o jovem em causa também tinha reparado na minha humilde pessoa. Por isso, e depois de algum incentivo por parte do mulherio que me acompanhava, decidi dar o primeiro passo e meter conversa. O pobre ficou intrigado (assustado é capaz de ser a palavra) por eu saber o nome dele e onde trabalhava, e eu disse que lhe explicava tudo em troca do mail. Que ele deu. Um ou dois dias depois enviei o mail prometido. E nada, silêncio absoluto. Passou-se um dia, dois, três, uma semana, e nada. Enviei novo mail, na hipótese remota de o outro se ter perdido para sempre no universo virtual, e novo silêncio eterno. Os mails não vinham devolvidos, por isso restou-me a triste conclusão que o jovem não respondia... porque não lhe apetecia. Aquela coisa pragmática do "he's just not that into you". Ultrapassei o trauma da negação e nunca mais pensei no assunto. Até há duas ou três semanas atrás, quando recebi uma mensagem do dito, via Facebook. UM ANO PASSADO! Que pedia desculpa por não ter respondido. Que na altura havia outra pessoa que tinha ficado com muitos ciúmes. E blá blá blá.
Ora bem, eu tenho várias perguntas: 1º Se o rapaz era comprometido, para que é que me deu o mail? Que tal ter-me dito logo na altura, para evitarmos situações infelizes? Deve ser aquela coisa que os homens gostam de fazer, do género "hoje sou comprometido, mas amanhã sabe Deus, por isso mais vale guardar aqui o contactozinho e não fechar portas"; 2º Qual é a lógica de dar o mail a uma mulher e depois ir contar tudo à namorada? Qual era a ideia, tirando a hipótese de ela me querer fazer às postas logo a seguir? 3ºNão me podia ter explicado isto tudo na resposta ao mail? Hmm? Era assim tão complicado? Foi preciso esperar UM ANO?? E os danos que isto me podia ter provocado na auto-estima? E as hipotéticas sessões de terapia? Hmm? Não há homem que pense nestas coisas? Trastes.

O Michael Jackson fez tudo o que podia para ficar branco, a Carolina Patrocínio tem feito tudo o que pode para ficar preta. A sério, ainda ninguém percebeu que ela é um pedaço de carvão com perninhas??

O drama das fotos

Ora bem, parece que há gente mais preocupada com o facto de eu não me ter pronunciado sobre as fotos do Cambodja do que sobre o facto de o Cavaco Silva não se pronunciar sobre o caso das escutas. E não me pronunciei por um simples motivo: porque, para mim, não me parece que haja ali montagem ou trafulhice alguma. Call me innocent, mas é o que eu acho. Sei que a vencedora do concurso viveu algum tempo no Cambodja, por isso parece-me plausível qb que ela tenha conseguido fazer estas fotos. Se são montagem... bem, então é uma montagem da boa, por isso merece na mesma o prémio. E se vos faz mais felizes, fiquem a sabir que a Shanti, ainda antes desta salganhada toda, já tinha renunciado ao prémio, pedindo-me para o entregar a alguém que precise mais ou fique mais feliz com ele.

Parece que também há gente muitíssimo desconfiada das minhas fotos da África do Sul. Que não posso ter sido eu, que não era possível tirar fotos dos bichos àquela distância, que nem sequer há uma foto do meu livro tirada lá! Sosseguem, pequenada. As fotos são minhas (uma pequena amostra de mais de mil), a minha máquina tem um bom zoom (e, mesmo que não tivesse, deu para estar pertinho da bicharada... tenho fotos minhas lá no meio que, como é óbvio, não vou pôr aqui) e como calculam (ou não, pelos vistos) eu não ando com o meu livro atrás. Aliás, tirando uma fotozinha que eu tirei ao desgraçado, quando o vi pela primeira vez à venda na Fnac, não me lembro de ter posto aqui mais nenhuma do dito. Mais tranquilos?

Hoje um senhor taxista ficou extremamente ofendido porque eu tive a ousadia de pagar uma viagem de três euros com uma nota de dez. Não era uma nota de 50, não era uma nota de 100, muito menos uma nota de 500. Mas caiu o Carmo e a Trindade. Que assim não podia ser, que as pessoas pagavam todas com notas, que era uma vergonha, que não havia trocos que chegassem, que de manhã estava cheio de modas e se sumiram num instante, e agora como é? Limitei-me a um "lamento, o Multibanco ainda não dá moedas" e fiquei a vê-lo, furioso, a sair do táxi para ir a um café trocar dinheiro. A minha colega ainda tentou apaziguar as coisas com um tímido "nós não temos culpa", mas nada. Porta fechada no nosso nariz. À vinda do senhor cometi nova ousadia: pedir factura. Uhhhh! "Ainda por cima", disse-me o homem. Não estivesse eu atrasada para um trabalho e a coisa resolvia-se com uma reclamaçãozinha. Pelo sim, pelo não, fiquei com a matrícula e o número do táxi, que isto nunca se sabe se um dia não me dá para o acerto de contas. Já agora, uma sugestãozinha aos senhores taxistas: e que tal terem multibanco? E que tal serem OBRIGADOS a ter multibanco? Hã? Não era giro? Eu acho.

África minha... e agora também vossa

Pois que foi tudo muito bonito, tudo muito agradável. Boa comida, bons passeios, boas pessoas, boa companhia, boas paisagens. A Cidade do Cabo e arredores são muito giros. Já Joanesburgo tem entrada directa para o top de cidades mais feias do mundo (ali logo a seguir a Atenas). Fui a uma praia de pinguins, a uma reserva de bicharada, a um centro de preservação de chitas, onde lhes dei umas belas festinhas (e sobrevivi ilesa e com todos os dedinhos), à única montanha do mundo onde se planta o chá de rooibos, vi os estádios onde a nossa selecção não vai pôr os pezinhos, andei pelo Cabo da Boa Esperança (nem uma referência aos portuguesinhos, nada de nada! Ingratos!) e conduzi um jipe todo-o-terreno com volante à direita. Sem o espatifar nem o atirar de uma montanha abaixo. Um sucesso. Em suma, foi uma bela viagem. Venha a próxima.

Passatempo Pipoca the book- o vencedor

Neste caso, a vencedora, que foi a Shanti. As fotos foram enviadas do Cambodja e merecem o primeiríssimo lugar. Há outras fotos igualmente catitas, que há, mas estas são imbatíveis, nada a fazer. Fiquei rendida assim que as recebi. Assim sendo, Shanti, venha de lá essa morada para te enviar o premiozinho. E mais outro clap, clap, clap.