Pub SAPO pushdown

quarta-feira, outubro 31, 2007
Ele comprou isto

E eu desconfio que não vou voltar a pôr-lhe a vista em cima tão cedo.
terça-feira, outubro 30, 2007
Pipoca ajuda os pobrezinhos #5

Recebi este mail da leitora Tânia Fernandes:

"Olá Pipoca!

Como assídua leitora do teu blog pude ver o teu post em relação às tunas e tradições académicas...
Respeitando a tua posição, bem como das pessoas que o comentaram, venho assim dar-te a conhecer o III Congresso Nacional de Tradição Académica, a ocorrer em Évora, nos próximos dias 1, 2 e 3 de Novembro.
Assim, tudo o que te peço é que divulgues a existência deste congresso, que se espera um lugar de debate salutar, onde todas as opiniões são bem vindas...
As informações estão constantes em
www.cn.uevora.pt

Desde já, o meu muito obrigada pelo tempo dispensado com este e-mail...
Os melhores cumprimentos
da leitora assídua e, muitas das vezes, concordante com as tuas opiniões..."

Pronto, está dado o recado. Tunos deste meu Portugal, vá de agarrar nas vossas pandeiretas e rumar a Évora. Vai ser um evento lindo. Muita capa, muito traje, muito momento musical de primeiríssima categoria, a maior concentração de álcool do país. Um mimo. Ide, ide.
segunda-feira, outubro 22, 2007
Que eu sei o que é um fora de jogo, atenção

No fim de semana fui ao supermercado. Chegada à zona dos pensos higiénicos, que qualquer gaja percorre de olhos fechados, deparo-me com um qualquer desgraçado, de lista de compras na mão, a olhar para pensos e tampões com o mesmo ar com que uma gaja tenta entender a lei do fora de jogo. Encolhia os ombros, olhava e voltava a olhar, pegava nos pacotes, dava-lhes voltas e mais voltas, murmurava "sei lá eu". Prolonguei a minha busca por mais uns minutos, para assistir a tão encantador momento. Achei fofinho ele andar ali a comprar pensos para a mulher ou para a namorada, mas não deixei de ter um certo sentimento cínico-vingativo de "sofre para aí, meu desgraçado! Qual é a dificuldade? Estás entre tampões mini, médios e máxi? Com ou sem aplicador? Hmmm... se calhar andas à procura de pensos. Não é complicado, vá! Ausonia ou Evax? Os da Evax são mais caros, filho, mas também são mais jeitosinhos. Marca do supermercado é que nem pensar, mais vale enfiar para lá um pacote de algodão, que o efeito é o mesmo. Então, meu banana? Odorfresh normal abas, odorfresh super abas ou odorfresh super plus abas? Hã? Qual vai ser? Mexe-te, que tens a mulher em casa a esvair-se! Depressinha! Ai vais mesmo levar com abas? Já decidiste? É assim, não é? Os gajos decidem por eles mesmos, e depois já se sabe. Vais fazer merda... de certeza que ela prefere sem abas e depois vais ter que voltar ao supermercado e levar com a senhora da caixa, que se vai rir de tamanha incompetência. Sem abas é assim mais a atirar para o fininho. Mas também é mais fugidio. Ramboieiro, vá. Tens o Fina e Segura normal e o Fina e Segura maxi. Diz que tem a ver com o fluxo. Então e é para cueca ou para tanga? Hã? Não sabes? Não sabes?? Então como é que um homem ousa rir quando explica a uma gaja, pela 14ª vez, que merda é um fora de jogo????? Meu... meu... badameco!". Acabei por não dizer nada. Calculei que bem bastariam os gritos que levaria quando transpusesse a porta com um bonito pacote de pensos Feira Nova na mão. Ah ah! Bambi!

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quinta-feira, outubro 18, 2007

É ou não é de se ficar com uma lágrima no canto do olho? É pois!

segunda-feira, outubro 15, 2007
A culpa é do estado (com letra pequena, que não merecem mais)

Aí de dois em dois meses lá vou eu fazer a minha ronda habitual pelos sites de casas. Umas vezes acho que quero alugar, outras - quando o devaneio é maior- acho que é mais produtivo comprar. E, invariavelmente, chego à mesma conclusão: não tenho dinheiro para nenhuma das opções. Faço parte da geração mileurista (arredondando 'ligeiramente' por alto), por isso, quer compre, quer alugue, deixo de ter dinheiro para tudo o resto. A perspectiva de nunca mais poder, por exemplo, ir viajar, é assustadora quando se tem 26 anos e o mundo todo para conhecer. Um empréstimo de trinta mil contos (que não dá propriamente para um palácio) leva-me uns 700 e tal euros por mês. O aluguer de um mísero T1 não fica, nunca, abaixo dos 500. E depois há os móveis, as contas, os imprevistos. E a comida. Gostava de poder continuar a comer. Já nem digo todos os dias, mas dia sim, dia não, vá!
E é nestas alturas, quando constato que a minha independência é castrada por não ter pais ricos nem um emprego "normal" (sim, porque o normal, ao contrário do que se acha por cá, não é um licenciado ganhar 500, 600, 750, 900 euros... isto é o que os remediados, como eu e como tantos, recebem e já acham uma alegria), que uma profunda ira sobe por mim acima. Juro que me apetece atirar para o chão a chorar, tamanha a injustiça que sinto. Fala-se dos jovens, que são o futuro, que é preciso ajudá-los, blá blá blá! Tretas, tudo tretas! Ninguém faz nada por nós, ninguém nos facilita a vida, ninguém nos baixa a puta da taxa de juro, ninguém está, de facto, preocupado em trazer os jovens para o centro de Lisboa quando se praticam preços pornográficos para aquilo que recebemos. E por isso sou obrigada a fazer contas e a constatar, a cada dois meses, que não, que ainda não posso sair de casa, porque o estado não deixa. Sim, o estado não deixa! E depois admiram-se que, de quando em vez, haja malta a barricar-se e a ameaçar mandar tudo pelos ares.... depois admiram-se.
sexta-feira, outubro 12, 2007
Por acaso não há mais nenhuma foto desta senhora para espetar na cidade, não?

É que eu só a vejo aí umas 49 vezes por dia. É pouco. Se quiserem ainda tenho um espaço na parede lá da sala. Vejam lá.
quarta-feira, outubro 10, 2007
Há que ser racional

O pior de terminar uma relação com alguém de quem se gosta:
Achar que o mundo acabou, encarar o celibato como a única opção de vida, jurar a pés juntos que nunca mais se vai sofrer por amor, chorar baba e ranho, sentir que toda a miséria do planeta está concentrada na nossa insignificante existência e que de certezinha que não há ninguém na vida que já tenha pasasado pelo mesmo, é a incompreensão generalizada.

O melhor:
A perspectiva de que, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, nos voltaremos a apaixonar. Se possível, ainda melhor e com mais força.

Pipoca's life OST

terça-feira, outubro 09, 2007

I need your arms around me,
I need to feel your touch,

I need your understanding, I need your love,
So much,

You tell me that you love me so,
You tell me that you care,
But when I need you, (BABY)
Baby, (You're never there),

On the phone,
Long long distance,
Always through such,
Strong resistance,

When first you say,
You're too busy,
I wonder if you,
Even miss me,

Never there,
You're never there,
You're never, ever,
Ever ever there,

A golden bird that flies away,
A candle's fickle flame,
To think I held you yesterday,
Your love was just a game,

You tell me that you love me so,
You tell me that you care,
But when I need you, (BABY)
Baby,

Take the time,
To get to know me,
If you want me,
Why can't you just show me,

We're always on,
This roller coaster,
If you want me,
Why can't you get closer,

Never there,
You're never there,
You're never, ever,
Ever ever there,

terça-feira, outubro 09, 2007
A minha alma está parva

Fui de novo às finanças, prontinha a rodar a baiana, e eis senão quando o senhor olha para o papelinho que eu intencionava esfregar-lhe no nariz e profere tão memorável frase: "essa situação, assim como outras semelhantes, já estão a ser emendadas. Foi um erro meu, não se preocupe que não vai ter que pagar nada". Fiquei sem palavras. Então... mas....mas... que é feito do bom e velhinho "ah, isso agora já não se pode fazer nada", ou do "isso não é aqui", ou ainda do "vai ter que pagar, nada a fazer"?? Fiquei completamente desarmada! Não foi preciso pedir o livro reclamações, desatar aos berros, ameaçar largar aos tiros. Nada! Eles não só perceberam o erro, como o corrigiram e ainda reconheceram que tinha sido culpa deles. E que eu não me preocupasse. A seguir àquilo só se podia seguir um "já que aqui está tome um chá, coma uns biscoitos", mas pronto, também não se pode ter tudo.
Tenho medo... será que as finanças se estão a tornar eficientes? Com o que é que eu me vou irritar depois? Já para não falar do facto de só ter duas pessoas à minha frente. Ou era para os apanhados ou então ia lá o ministro das finanças, com as televisões todas atrás, e aquilo era tudo a fingir.
domingo, outubro 07, 2007
A 2ª Circular é linda!

Tivesse eu poder e influência suficientes e casa minha haveria de ser construída bem no centrinho da 2ª Circular. Mas ali mesmo no meio, com o estádio do Glorioso SLB de um lado e o Colombo do outro, que são os meus dois sítios favoritos em Lisboa. Depois mandava fazer umas passagens aéreas e era a verdadeira alegria. Aos domingos ia à bola, nos outros dias todos ia às compras. Tudo ali à mãozinha de semear.
Mas o rol de coisas boas na 2ª Circular não se esgota aqui, não senhor. Há também o aeroporto (ainda que não se saiba por quanto tempo), o Hipódromo do Campo Grande, que é chique e atrai boa vizinhança, e um McDonals aberto a noite toda, para que cada um alimente o seu colesterol à hora que lhe der mais jeito.
Tudo bem, é uma estrada que terá o seu trânsito, é verdade. Mas até isso é facilmente contornável, com momentos de descompressão. Por exemplo, quando o cidadão estiver em pára-arranca ali em frente ao estádio de Alvalade (sítio escolhido de forma totalmente aleatória) pode muito bem descarregar toda a sua raiva buzinando e praguejando com violência. Depois é seguir viagem como se nada fosse, já mais bem-dispostinho e de bem com a vida.
Acredito, com toda a força do meu ser, que a 2ª Circular é um dos sítios com melhor qualidade de vida em Lisboa. E lanço o apelo: baixem o limite de velocidade desta bonita via para 20km/h, para que se possam apreciar as vistas em todo o seu esplendor.
quarta-feira, outubro 03, 2007
Ah, as finanças... as doces finanças

Há para aí quê...? Um mês, que não invoco o santo nome das finanças em vão. Era, não era? Pois. Eu tento. A sério que sim. Tento ser compreensiva, paciente, carinhosa, fofinha até. Mas é impossível e vou dar a causa por perdida, que é o melhor que tenho a fazer, que isto de andar a alimentar esperanças já foi chão que deu uvas. Pois que esta semana uma colega me falou de um novo serviço nas finanças em que o contribuinte manda uma mensagem e ódepois eles avisam quando estiver quase na nossa vez. Pareceu-me demasiado genial para poder funcionar num serviço público português, mas hoje lá fui eu, com a tal esperança que já não devia ter mas que ainda tenho. Bambi. Tirei a senha, vi que tinha umas quantas pessoas à frente, e vá de mandar a mensagem enquanto me encaminhava para o trabalho, que é mesmo ao lado. Ora ainda eu não tinha posto o meu belo pezinho fora da Loja do Cidadão e já o telemóvel estava a dar de si, com uma missiva que dizia qualquer coisa como "a sua vez está a chegar, tem doze pessoas à sua frente". Inspirar, expirar. Mas que merda de ajuda vem a ser esta, hã? Desde quando ter doze pessoas à frente na fila das finanças significa que a nossa vez está quase a chegar?? Ainda se dissessem... cinco, vá... eu dava o benefício da dúvida, agora DOZE?? Doze é coisa para levar uma manhã inteira. Está bom de ver que ignorei a mensagem e fui à minha vidinha. Voltei ao fim de meia horita, e aí sim, tinha cinco pessoas à frente. E, claro, voltei para me irritar, mas isso já é o costume. Ir às finanças (e ao estádio da Luz) sem apanhar uma camada de nervos em cima já nem era a mesma coisa! Desta vez inventaram que eu tinha que declarar IVA, o que foi uma grandessíssima incompetência dos senhores, que agora dizem que não podem desfazer o erro que eles cometeram e, à conta disso, ainda devo ter que desembolsar uns 500 euros. E depois veio a conversa do costume, o "eu não posso resolver isso, tem que ser o colega que lhe tratou do processo, tem que ir ao cu de judas ver se nós conseguimos dar a volta à merda que fizemos, que é má para si mas que é porreira para os nossos cofres". A sério... se eu não cumprisse a lei de certeza que me safava melhor. Assim só me fodem. Que não há outra palavra. Se ao menos tivesse prazer...
quarta-feira, outubro 03, 2007
Vamos embora!

O número dois da Time Out está nas bancas. É levantar o rabinho da cadeira e comprar, que vale muito a pena.
quarta-feira, outubro 03, 2007
Andava eu a queixar-me que não tinha tempo para ir ao cinema...

... e hoje não só fui, como fui ver o filme novo do Paul Auster, com o próprio do Paul Auster enfiado dentro da sala. Que é o meu escritor preferido do coração coisa mailinda que escreve tão bem. Passei por ele. Ali, a um metro E eu a isto de lhe dizer "Paul, cá beijinho na Pipoca". Ou "Mister Paul, here a little kiss in the Popcorn". Que era para ele perceber.
segunda-feira, outubro 01, 2007
Nunca trabalhei tanto como agora

Não tenho tempo para os amigos. Já desmarquei o cabeleireiro três vezes. Consegui ir à depilação quando a coisa já só lá ia com um cortador de relva. Cinema nem vê-lo. Ler só no metro, e isto quando não estou com a cabeça encostada ao vidro e a baba a escorrer. Ainda assim insisto em comprar livros que se vão empilhando na mesa de cabeceira. Férias sabe Deus quando. Estou cheia de dores nas costas e desconfio que também estou a ficar míope. Acordo a meio da noite a pensar nas coisas que ainda tenho que fazer. Já devia ter ido às finanças ver aquela questão do IVA que se está mesmo a ver que me vai lixar a vida (e a carteira). O blog anda a meio gás, que bem me basta o que tenho que escrever todos os dias no trabalho. A única coisa boa no meio disto tudo é andar a poupar imenso dinheiro. Não tenho tempo para o gastar! Sim, faço aquilo que gosto, blá blá, é uma sorte, um privilégio. Mas se pudesse fazer outras coisas de que também gosto, ficava muito agradecida.

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