Pub SAPO pushdown

quinta-feira, agosto 30, 2007
Hoje ouvi o piropo mais bonito da minha vida.

Penso nisso, doze horas depois, e ainda me vêm lágrimas aos olhos. E depois bate o arrependimento. Porque é que não fui atrás dele? Porque é que o deixei de ir depois de tamanha declaração de sentimentos? Porquê porquê porquê? Pensei "ora aqui está um homem que sabe falar ao coração de uma mulher. Um homem que sabe o que nós queremos ouvir. Um homem que todos nós gostaríamos de ter como pai dos nossos filhos". Porque um homem que, às onze da manhã e em plena Praça do Rossio, se vira para uma mulher e lhe diz "faz-me um broche", merece ter uma estátua erguida. E perante tamanha atrasadice mental, lembrei-me de várias respostas possíveis:

a) eu até fazia, mas tenho um metro para apanhar, é que não me dava mesmo jeito nenhum. Pode ficar para mailogo? Aguente aí de pila de fora que eu volto já;
b) sim senhor, vamos embora! Ora então é baixar as calcinhas, fáxavor, que é já aqui mesmo.
c) e tem pila que chegue para isso?
d) que engraçado, era mesmo isso que me apetecia, como é que adivinhou? Andava aqui às voltas, estava a ver que nunca mais propunham!
e) que tal fazer uma daquelas operações que permitem alongar o pescoço? Assim se calhar já lá chegava sozinho e não era preciso vir para a rua chatear quem trabalha.
terça-feira, agosto 28, 2007
Memórias de outros Verões (ou como é que eu me estraguei tanto em 20 anos...)

terça-feira, agosto 28, 2007
Tenho para mim...


... que há muito boa gente que, nas casas-de-banho públicas, só lava as mãos quando há gente cá fora, para os outros ficarem a pensar "sim senhor, muito asseado". Se não houver, ala que se faz tarde, espalhar germes por esse mundo fora. Yaaaaaaaaaac!
terça-feira, agosto 28, 2007
Soulbizness

Quem foi, foi. Quem não foi, devia ter ido.
Posted by Picasa
segunda-feira, agosto 27, 2007
Ah

E não. Desta vez não vou falar do Benfica. São desgostos atrás de desgostos. Se aquela gente soubesse o que custa arrastar o rabo até ao terceiro-anel e ficar sentada mesmo ao lado de quatro mânfios que podiam, muito bem, ser da família do Cristiano Ronaldo, poupavam-me a esta dor. Nem um golo. Nada. Nuno Gomes continua no seu melhor. Nem mais nem menos. Se calhar o senhor Camacho aproveitava e montava antes um espectáculo de sevilhanas.
segunda-feira, agosto 27, 2007
Eu não sei o que é que se passa...

... que basta distraír-me um segundo, e plop, aí estão os meus amigos todos a ser pais! Está tudo doido! Este ano já vamos no segundo. Um, menos mal, teve a dignidade de me dizer que a namorada estava grávida e que dentro de meses chegará para aí um Diogo. Mas outro, que eu julgava morto, entra-me no messenger e diz "fui pai... hoje". Assim. Toma lá. Foi viver para Timor, trabalhar nas Nações Unidas, conhece-me uma italiana, apaixona-se, e aí está um Santiago acabadinho de nascer em Brescia. E eu, que não sabia nada disto, fiquei aparvalhada a vê-lo debitar informação e a tentar perceber como raio teve ele tempo para isto tudo. E é claro que à pergunta "e tu, que tens feito?", só pude ficar caladinha e quieta! Não fui assim para nenhum lado muito emocionante, não dei à luz, não fiz nada! NADA! Uma nulidade total que é a minha vida. Fiquei feliz por ele, que fiquei. Quando me disse que pegou no puto e pensou que metade daquilo era dele e que sentiu uma grande responsabilidade, a coisa mais bonita que me lembrei de dizer foi "pois, é muita responsabilidade, mas compensa. E se chorar muito é atirá-lo contra uma parede". Decididamente, ainda não estou pronta para parir...
sexta-feira, agosto 24, 2007
Coisas da vida

Se uma gaja escreve mal dos homens é ressabiada e mal fodida. Se um gajo escreve mal das mulheres não lhe faltam palmadinhas nas costas e exclanações de "sim senhor, tem muita razão, são todas umas cabras que só sabem ferir os nossos coraçõezinhos sensíveis".

Ou a música que hoje retrata a minha vidinha mas assim na perfeição...

quarta-feira, agosto 22, 2007

Now I was sitting waiting wishing
That you believed in superstitions
Then maybe you'd see the signs
But Lord knows that this world is cruel
And I ain't the Lord, no I'm just a fool
Learning loving somebody don't make them love you

Must I always be waiting waiting on you?
Must I always be playing playing your fool?


quarta-feira, agosto 22, 2007
As minhas amigas são mais queridas que as tuas*















*título praticamente plagiado à Rititi
terça-feira, agosto 21, 2007
Factos casuais (oi??)

Ai, o que eu gosto destas coisas em cadeia que obrigam uma pessoa falar da sua vida assim, que nem louca... bato palminhas de alegria sempre que me desafiam para uma coisa destas! Desta vez a ideia é eu discorrer sobre sete factos casuais. E a primeira pergunta que me ocorre é: o que raio são factos casuais? Cheira-me que foi um nome pomposo que inventaram para dizer "falem sobre sete coisas à vossa escolha, não interessa o quê, falem para aí!". E se é assim tudo bem, vamos embora:

1- Assim que entro no carro, e mesmo que esteja numa planície alentejana e não se aviste ninguém num raio de 4 kms, corro a trancar as portas, e quando ando com as janelas abertas meto sempre a mala no chão, não vá um qualquer larápio lembrar-se de enfiar para lá a mãozinha e era uma vez a minha vida toda. Também tenho medo que alguém me entre no carro, me aponte uma arma e me obrigue a ter sexo louco e descontrolado num qualquer pinhal. Bom, na verdade ainda não percebi se isso é medo ou um desejo...

2- Tenho uma pequena zebra encardida que me acompanha para todo o lado há já uns anos. Sim, eu sei que é uma coisa extremamente adulta e que deixa os homens loucos de excitação, mas eu não posso deixar a minha zebra para trás, sinto que ela me fica a rogar pragas e tenho medo de voltar para casa e ela ter feito as malas e se ter posto a andar. É torcida, o raio da zebra.

3- A primeiríssima coisa que faço assim que acordo, independentemente da hora, é apalpar a cama à procura do comando e dos óculos (sim, sou uma pitosga da pior espécie) e carregar no 5 da SIC Notícias. Secretamente, guardo em mim a ânsia e o desejo que tenha acontecido alguma fatalidade, tipo, uma bomba atómica nas Antas, ou coisa assim. Ultimamente, acordo a pensar "ora então deixa cá ver se já deram com a Maddie", mas parece que está difícil.

4- Gosto de pipocas doces e salgadas. Misturadas no mesmo pacote. Claro que são poucos os que as sabem misturar com mestria, e não há vez que não vá ao cinema e não me enerve. É que é gente que não sabe, pá! Custa alguma coisa meter aquilo em camadinhas? Ora agora vai uma pázada de doces, ora agora vai uma pázada de salgadas! Não! Fazem metade, metade! Burros que só eles! Estou ali meia hora a comer as doces e só depois é que chego às salgadas, ou vice versa. Que bando de totós.

5- Demorei a descobrir, andei anos em negação, mas acho que posso afirmar, com orgulho, que sou a maior apreciadora de sushi de Lisboa. Pronto, de minha casa, vá. Quando já todos dizem estar cheios (ou satisfeitos, que é mais chique) eu sou aquela que diz sempre "ainda comia mais qualquer coisa" e que se recusa a largar os pauzinhos. Fico ali, estoicamente, de pescoço esticado em direcção à cozinha, sempre à espera que me ponham mais qualquer coisa à frente. Tipo cão. E anseio pelo dia em que apanhe tamanha intoxicação com o peixe cru que nunca mais tenha vontade de tocar num Califórnia que seja.

6- Não gosto que me toquem. Nunca fui de andar aos abraços e beijinhos às amigas e odeio esse tipo de manifestação de carinho. Começo imediatamente a guinchar e há várias fotos que retratam o meu ar de nojo. Também detesto pés, só a palavra me faz tremer! Nojo! Iiiiihhhhhhhhhh! E agarrar em varões no metro e no autocarro? Antes espetar-me e partir os dois dentes da frente. E mesmo tentando tocar o menos possível chego a casa e corro a enfiar as mãos debaixo de água, só descanso quando já as ensaboei entre sete a doze vezes.

7- Tenho uma certa dificuldade em dizer não. Às vezes pedem-me coisas que não me apetecem mesmo nada, e a minha mente grita "não!! Quieta, quieta! Parou! Não mexe! Faz de morta!", e dou por mim a abrir a boca e a dizer "sim, não há problema, pois com certeza, ora essa, não é maçada nenhuma". Burra que dói.

Não vou passar isto a ninguém, que esta merda é uma seca do caraças.
segunda-feira, agosto 20, 2007
E depois há aquele momento...

... em que se percebe que foi tudo em vão, em que se perde a vontade e se desiste.
sexta-feira, agosto 17, 2007
Como Pipoca que sou...

... está bom de ver que isto me irrita. Mas não tanto como a estupidez gritante desta gentinha que acha que pode manifestar os seus pontos de vista assim. V-E-R-G-O-N-H-O-S-O!
sexta-feira, agosto 17, 2007
Gosto de falar com os senhores, pronto!

Fui ali à rua com uma colega minha, comprar um gelado à miúda, e eis que ela me pergunta se eu, em tempos, fiz uma promessa em como haveria sempre de meter conversa com tudo quanto é vendedor. Não fiz, que não fiz, mas é bem verdade que gosto de conversar com os senhores vendedores e taxistas, contar piadolas, etc e tal. Porque acho que a maioria leva uma vidinha tão aborrecida e que toda a gente é tão antipática com eles, que eles devem gostar que alguém demonstre algum interesse. Um interesse que não tenho, atenção, quero cá saber se despacharam os gelados todos em meia hora ou se são oito da noite e só venderam três Feast e um Perna de Pau. Mas gosto, pronto, dá assim aquele ar de pessoa ramboieira. Claro que quando estou ali a dar o meu melhor, qual Badaró nos seus tempos áureos, e não me ligam nenhuma e nem um sorrisinho esboçam, a amizade termina naquele instante e volto a ser a pessoa intragável que sempre fui.
quinta-feira, agosto 16, 2007
Ou sou eu que sou mesmo muito estúpida (que acredito que seja)...

... ou há gente que ainda me tenta fazer mais do aquilo que realmente sou. Mas como depois se vai a ver e até sou estúpida q.b., vou aguentando sabe-se lá até quando. Porque acho sempre que vale a pena, que nem tudo está perdido, que toda a gente merece mais uma oportunidade. Se calhar já era altura de alguém ir percebendo que eu também valho a pena e que a atitude do "não faz mais que o dever dela" começa a chatear. Fica registado.
quarta-feira, agosto 15, 2007
É para isto que uma pessoa se arrasta até à Luz, é para isto?

Para apanhar uma camada de nervos em cima? É para isto? Eu juro que um dia desço do meu terceiro anel, venho por aí abaixo, entro em campo, tiro um sapato e vai tudo corrido à pancada, do Nuno Gomes ao Freddy Adu. É muito triste quando tem que ser um homem com idade para ser avô daquela gente toda a marcar os golos. Uma pouca vergonha. Em vez de lhe darem descanso, bolachinhas com leite, não! Vá de correr para ali, vá de marcar golos, vá de acartar com aqueles mânfios todos às costas! Não há respeito!

Mas mau, mau, mau é ter que ficar à frente de um gajo que não só dizia "que isto só vale a pena pelo Colombo e pelo cumbíbio", como levou o jogo inteiro a suspirar pelo Miccoli e pelo Simão. "Ai, que isto com o Simão e o Miccoli já estava resolvido". "Ai, que falta que fazem aqui o Simão e o Miccoli". Estive a isto de lhe perguntar se não sentia também saudades do Eusébio e do Chalana. Não há cu para o choradinho do leite derramado.

E ontem dei por mim a pensar numa questão extremamente pertinente: quem foi a alma que se lembrou de vender queijadas de Sintra nos jogos de futebol? Hein? E porque não travesseiros da Piriquita? Ou ovos moles de Aveiro? Ou palha de Abrantes? Ou trouxas das Caldas? Ou fatias de Tomar? Fica a questão.
segunda-feira, agosto 13, 2007
Juro que foi a pior segunda-feira da minha vida.

Juro.

Ou apenas mais um dos motivos porque eu estou a um instantinho de virar lésbica

segunda-feira, agosto 13, 2007

segunda-feira, agosto 13, 2007
Ah, e como se não bastasse,

a tudo isto acresce que me estou a sentir uma completa idiota. Ou, pelo menos, um bocado mais do que o normal.
segunda-feira, agosto 13, 2007
Teme-se o pior

Acordei às três e meia da manhã e não mais dormi
Perdi o autocarro
Fui expulsa do metro porque estava uma estação a arder
E ainda são só 10h14 de segunda-feira
domingo, agosto 12, 2007
Namorado fora, dias santos em Lisboa!

Ah, pois é! Ai queres ir de férias e deixar-me ao abandono semanas a fio? Ai queres, ai queres, ai queres? Então eu vou levar uma vida louca, regada a putas e vinho verde! Toma lá! Mentira, tudo mentira. O miúdo vai-se-me embora não sei quanto tempo para os Açores e eu ando para aqui feita Bambi, com uma vidinha de avó. Estou acabada. Já não tenho o andamento de outros tempos, a pujança, o vigor. Este fim-de-semana, vá lá, saí duas noites: uma para o Tóquio, outra para uma festa na praia, manhosa-muito-manhosa, que aquele pessoal da margem sul é assim qualquer coisinha. Mas ao fim de duas horitas a abanar o esqueleto dei por mim a olhar em volta, em busca do lugarito mais confortável para me enroscar e dormitar aí uns dez, quinze minutos. O mais tarde que consegui chegar a casa nos últimos tempos deve ter sido para aí às quatro da manhã. Já não tenho a paciência de outrora: fico possuída com o fumo, com os encontrões, com as pessoas pirosas. Estou acabada, é o que é.
E vai-se a ver e amanhã já é dia de trabalho outra vez.
terça-feira, agosto 07, 2007
Boas férias!!!

Já tenho o protector solar
Já tenho a toalha de praia
Já tenho os 23 biquinis e 16 havaianas
Já tenho a malinha térmica, que sou bimba que dói e gosto de levar tudo ali fresquinho, a fruta, a água e os Cáprisones
Já tenho as passagens para as Maldivas
Já tenho três negões para me abanarem com folhas de palmeira

Deves... férias nem vê-las! Só para o ano, e, e...! Estou mais verde que a poupa da Maria José Valério.
segunda-feira, agosto 06, 2007
Alguma alma generosa...

... tem aí a banda sonora do À Prova de Morte, do Tarantino, assim à mãozinha de semear? Podiam fazer o grande obséquio de ma enviar? Hein? Vá lá! Se não puderem ser todas, então quero só a última (Chick Habit). Vejam lá o que é que podem fazer por mim e ópois mandem para o mail ali do lado. Muita saudinha, sim? Um grande bem haja.
quinta-feira, agosto 02, 2007
Estou farta!

Fartinha de ser suburbana! A procura de casa tem-se intensificado nos últimos dias, a coisa está por um fio. Hoje apanhei logo com o metro avariado, que é sempre uma coisa boa para começar o dia. Vá de apanhar um autocarro para a urbe, cheio de gente, um calor desgraçado, putos aos berros, enfim... Finalmente lá alcancei uma estação onde o metro já dava um ar da sua graça. Estava eu paradinha, a ver as horas passar, quando sinto um dedinho a tocar-me no ombro. Era um gajo que eu nunca tinha visto na vidinha, nem assim de longe, não tinha a mais remota lembrança visual daquele ser. Disse-me "olá" , e perante o meu ar de idosa com Alzheimer a olhar para ele e a tentar perceber se nos conheciamos de algum lado, acrescentou um brilhante e muito elucidativo "só queria dizer olá". Ao mesmo tempo que dava uns passinhos para trás (não fosse o gajo lembrar-se de me atirar para a linha), perguntei ao jovem porque é que ele me queria dizer olá, e ele lá disse "ah, é que somos mais ou menos vizinhos, e costumamos apanhar o mesmo autocarro". Fiquei com ar de urso panda a olhar para o rapaz, sem ter rigorosamente nada para lhe dizer, e ele ali especado. Juro que vislumbrei um certo ar de psicopata nos olhos dele. E, no meu íntimo, sei que vou acabar regada com gasolina. Enviei, discretamente, uma mensagem ao (projecto de) namorado, a pedir para me ligar, e fui o caminho todo a falar com ele, como se tivéssemos coisas muitíssimo interessantes para falar ao longo de 15 minutos, o tempo que durou o trajecto.
A minha questão é: eu vivia feliz sem saber que esta pessoa existia. Mas, a partir de agora, vai ser impossível ignorá-lo e nunca mais na vida vou estar sossegadinha, porque vou estar sempre à espera que ele me dê fogo ao cabelo ou qualquer outra coisa simpática assim do género. Medo.

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