Pub SAPO pushdown

terça-feira, janeiro 31, 2006
Trying some new shoes








Aquilo que eu melhor sei fazer...
domingo, janeiro 29, 2006
Cai neve em Lisboa... e em Madrid também! Ah, pois é!

A notícia chegou rápida e por diversos meios: está a nevar em Lisboa! Foi a tristeza, a desilusão...quer-se dizer, está uma pessoa vinte anos à espera que neve e, quando finalmente esse momento acontece, ah, que giro, estou em Madrid! A coisa amenizou pelo facto de também eu estar no meio da neve quando a notícia chegou. Aproveitámos a estupidez de Domingo para ir dar um giro aos arredores de Madrid e sempre deu para tirar a barriga de misérias no que toca a neve (ver fotos lindas abaixo). Mas como a justiça divina até funciona de vez em quando, estava eu a sair de casa para vir aqui ao cyber ler as notícias quando... alegria das alegrias... está a NEVAR EM MADRID! A nevar à séria! Assim sim, sinto-me menos defraudada! Que lindoooo!!! E agora está no ir. Vou voltar para casa debaixo de neve!

Dia de neve...by Pipoca


















Me walking on snow*


















*foto gentilmente tirada pelo Príncipe
sexta-feira, janeiro 27, 2006
Joder, cojones y otros que tal

Ao fim de quatro meses em Espanha, acabei de descobrir que nesta terra não há palavrões. Ou melhor, há palavras tão fortes como o nosso "foda-se" ou "filho da puta", mas aqui são entendidas quase como termos carinhosos e ternurentos! Isto a propósito da minha última aula de mestrado. A professora avisou logo à entrada que se a barulheira não acalmasse não se ensaiava em mandar uns quantos para a "puta calle" (tradução literal: prá puta da rua). Que aquilo não era a universidade, que não tinhamos 18 ou 20 anos e que se fossemos postos na rua na próxima aula até voltávamos mais calminhos. Bom, o barulho lá amainou (apesar das minhas tentativas e das da Caty para chatear duas sonsas que odiamos e que passam a vida a mandar a malta calar- as típicas cromas) e a aula decorria dentro da normalidade possível quando se tem uma professora que gosta de comprar brigas com os alunos e ficar duas horas a discutir quem nasceu primeiro, se o ovo , se a galinha. Ora estava a senhora professora a escrever umas coisas completamente sem interesse no quadro (entre as quais uma expressão em latim que ela não sabia muito bem como é que se escrevia mas que prometia esclarecer na próxima aula! Oba! Já tenho motivo para não faltar!), quando o barulho voltou a instalar-se na sala, mas assim à grande. E eu só sei que a mulher se passou da cabeça, se voltou para nós com ar de ogre em fúria e gritou a plenos pulmões: "COJONES, QUE NO OIGO" (traduçao literal: colhões, que não ouço). Olhei à volta e, pelos vistos, as únicas pessoas que acharam aquilo estranho fui eu e a Caty. É um facto que as pessoas se calaram na hora, mas não foi pela asneira, foi mesmo pelo vozeirão da gaja. Perguntei à minha colega do lado se aquilo era normal, e ela lá disse que, realmente, numa mulher não ficava bonito dizer "cojones", mas que também não era assim um caso dramático. E eu dei por mim a pensar que se numa universidade portuguesa um professor gritasse "colhões, não estou a ouvir nada", cairia o carmo e a trindade, e não faltariam alunos a apresentar queixas na reitoria ou mesmo a pôr a boca no trombone num jornal de qualidade como é, por exemplo, o 24 Horas!
Nesta terra é assim: largam-se "foda-se" e outros que tais a torto e a direito, entre professores e a alunos, entre pais e filhos, é uma verdadeira alegria! A questão é: quando querem mesmo ofender alguém, que palavras usam? Tonto? Patife? Malandro? Safadinho? Só vos digo uma coisa: joder, que esta gente es de puta madre!
quarta-feira, janeiro 25, 2006
"Porque é que as mulheres vão aos pares à casa de banho"- a explicação

Na senda da época de explicações didácticas a que o Pipoca se tem vindo a dedicar, brindo-vos hoje com mais uma aula de extrema utilidade. Depois do conceito "sonsa", eis que vos explico hoje o conceito "porque é que as mulheres vão aos pares à casa de banho". Numa só semana, pelo menos três homens que eu conheço mostraram-se curiosos com o facto juntando-se, assim, a TODOS os homens do mundo. A sério, não há paciência para tanta ignorância! Mas pronto, valendo-me de toda a minha sapiência e boa vontade, eu vou tentar aqui revelar-vos tamanho mito, para que deixem de ser basicos e arranjem perguntas novas e mais elaboradas:

a) as mulheres vão aos pares à casa de banho porque, ao contrário dos homens, que se deslocam a esse espaço apenas para aliviar as necessidades mais básicas (e, atenção, que eu estou a falar APENAS de um xixizinho, seus taradões), essa não é, de todo, a sua prioridade. Aliás, aí uns 99 por cento das mulheres que vão à casa de banho nem sequer é para isso, porque têm muito mais coisas com que se entreter, tipo: ver se a roupa está no sítio e puxar o decote um bocadinho mais para baixo, ver se a maquilhagem ainda não borrou ou se o cabelo se está a portar bem e não se lembrou de ganhar vida própria, ver se não há um qualquer pedaço de salada enfiado nos dentes... enfim, todo um conjunto de actividades que demoram bem mais do que o típico xixi de 5 minutinhos. Para estas tarefas todas uma mulher precisa de, pelo menos, 15 a 30 minutos. Ora isto, aliado a uma incontinência verbal que tão bem caracteriza o género feminino, faz com que seja preciso alguém para estar ali a ouvir-nos enquanto tentamos ficar outra vez lindas e recompostas.

b) é na casa de banho que se passam as conversas mais interessantes. Arrisco-me a dizer que as grandes decisões da vida de uma mulher são decididas na casa de banho. É lá que choramos, que rimos, que curamos bebedeiras... e, sobretudo, é lá que falamos mal! Seja das pessoas que estão connosco à mesa, seja do namorado, seja do ex-namorado, seja da ex do namorado...enfim, de TODA A GENTE! Aliás, quando uma mulher pergunta à outra "vamos à casa de banho?", já se sabe que vem lá bomba. E se há coisa que uma mulher também sabe, é que segredo contado na casa de banho é assim uma coisa para a vida, que jamais sairá dali. É como um código de honra, já que as mulheres mais depressa falariam a verdade numa casa de banho do que num tribunal, com a mãozinha em cima da Bíblia.

c) as mulheres vão aos pares à casa de banho porque é uma espécie de defesa. Mulher alguma gosta de se sujeitar aos olhares de outros grupos de mulheres e aos sussurros mais ou menos audíveis, do género "já me viste bem aquela pirosa?". É por isso que levamos sempre uma amiga, preferencialmente maior que nós e mais entrocada, no caso (remoto!) de ser preciso distribuir uns sopapos. Uma mulher sozinha engole muitos sapos, mas uma dupla de mulheres está pronta para o que der e vier!

d) tendo em conta os pontos acima descritos, está bom de ver porque é que as filas para a casa de banho das mulheres batem a dos homens aos pontos. Assim, dá sempre jeito ter uma pessoa ali à mão para dar dois dedos de conversa (vulgo, cortar na casaca de alguém) enquanto esperamos, pacientemente, que chegue a nossa vez de entrar nesse espaço sagrado.

Muitas mais explicações se poderiam dar, mas penso que estas são suficientes para que se faça luz nesse vosso espírito já de si tão pouco iluminado. E, já agora, uma sugestãozinha: se querem que as mulheres passem menos tempo na casa de banho, recomendo que façam um abaixo assinado para que sejam retirados todos e quaisquer espelhos das mesmas. Claro que depois sofrerão as devidas retaliações, mas pronto, tudo a seu tempo!
terça-feira, janeiro 24, 2006
E pronto...

SOMOS 25 MIL!!
terça-feira, janeiro 24, 2006
A verdadeira origem da palavra "sonsa" (txaraammm)

A pedido de muitas e muitas famílias, hoje vou explicar-vos um conceito que é parte intrínseca da minha vida: a palavra sonso/a. Toda a gente me pergunta porque raio lanço eu este termo a torto e a direito, indiscriminadamente, sem destrinça entre sexos, raças, credos ou idades. Ora bem, em primeiro lugar, porque acho que é uma palavra muito kitsch. É pirosa, old fashion mas, ainda assim, cosy! É querida, não há muita gente que a use, e é por isso que gosto tanto dela. Pronto, esta é a explicaçao mais ou menos técnica da coisa, mas há outra, que remonta há 20 anos, ou seja, quando eu tinha aí os meus cinco anitos e conheci a primeira grande sonsa da minha vida. Estou a lembrar-me da carinha de parva dela e já estou a ficar enervada. Chamava-se Ana Miller, andava no mesmo infantário que eu e era daquelas típicas que caíam nas boas graças das funcionárias (as tias, como nós lhes chamávamos). Ia dormir a casa delas, era amiga das filhas e só fazia aquilo que queria, ameaçando largar aos berros à menor contrariedade. Ou seja, era a menina querida do infantário. Ora eu, que nunca tive grande pachorra para vedetas (tirando quando a vedeta sou eu, obviously!), odiava-a de morte e só me apetecia encher-lhe aquela cara de estalos e puxar-lhe a franja até ela me pedir, piedosamente, que parasse. Ainda por cima a miuda era gira, a estúpida! Bom, durante muito tempo fui engolindo as birras da enjoadinha. Mas houve um dia que ultrapassou tudo! Lembro-me como se fosse hoje (agora é aquela parte em que entra uma musiquinha de fazer chorar as pedrinhas da calçada). Estávamos a ensaiar a festa de Natal e todos os anos faziamos um rancho, vá-se lá saber porque raio. Estava tudo a correr muito bem, às voltinhas de um lado para o outro, quando a Ana Miller larga a chorar. O que foi, o que nao foi, as tias logo de roda dela, coitadinha, e lá se chega a conclusão que a miuda não gostava do par com quem estava a dançar. Não queria que fosse aquele, pronto! Ingenuamente, perguntaram-lhe com quem é que ela queria ficar e entao só a vejo apontar aquele dedinho asqueroso na direcçção do meu par, o Gabriel, que era o miudo mais giro do infantário e o MEU namorado! "Cabra de merda" era o que eu lhe deveria ter chamado naquele instante, mas como o meu vocabulário da altura ainda não dava para tanto, acho que me fiquei por um "sonsa", e apenas em pensamentos. E pronto, enquanto ela se passeava com o meu gajo, a mim tocou-me um puto obeso que mal se mexia. É claro que ele também tem a sua dose de culpa nesta história e que também foi elevado ao estatuto de grande sonso, porque não lutou por mim. Limitou-se a fazer par com a boazona do infantário e nem abriu aquela boquinha para dizer que eu é que era o amor da vida dele. E foi assim que, da maneira mais cruel possível, descobri que ninguém é de confiança e que há sempre um sonso a cada esquina!
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Abusame

Para os sortudos que, como eu, têm a hipótese de ver esse grande programa espanhol que dá pelo nome de Gran Hermano, aqui vai uma das músicas que compõem a sua banda sonora e que provoca verdadeiros momentos de dança lá em casa. Atentem na letra, que é do melhor...

abusame
entregate a mi sin compasion
enredateme en tu cintura
atrapa y apresa mi corazon

abusame
entregate a mi sin compasion
enredateme en tu cintura

contagiame que contigo me voy

abusame
condename a ti sin salvacion
avisame en tu figura
en cambio yo mi cariño te doy

yo voy
cayendo una y otra vez
en el volcan de sus labios rojos
ay q mujer
yo voy
cayendo sin detener...
de sus caderas y su vaiven

cae una y otra vez...
esresbalando su cuerpo que me tiene enloquecer
que tiene esa mujer
que me hace estremecer
que me tiemblan las piernas cuando veo su vaiven

(y sigo callendo)
por ella sigo callendo
(y la voy queriendo)
mi corazon se vuelve fuego
(y no me detengo)
y ella me consuela con sus besos
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Assim é que eu gosto dele

domingo, janeiro 22, 2006
Trá lá lá...





Paz, Pão,
Povo e Liberdade
Todos sempre unidos
No caminho da verdade
domingo, janeiro 22, 2006
"Sí, Lola, sí"

Se há coisa que eu sou é uma pessoa de espírito aberto, pronta para novas experiências e sem qualquer espécie de pudor! Aliás, situações de risco são comigo! Mas quer-se dizer, quando o assunto é ter que levar com as cenas de risco dos outros, aí pára tudo, meus amigos!!! Pois bem, Domingo em Madrid. Por tradição, dia de limpezas lá em casa. Enchi-me de coragem e, ao fim de uma semana a tentar perceber quantos sacos de lixo caberiam na cozinha, lá fui eu levá-los lá abaixo. Abro a porta de casa e sou logo brindada com uns barulhos sinistros vindos lá de baixo, da zona das caixas de correio. Ainda de luz apagada, dei uma vista de olhos lá para baixo e a primeira vista que eu tenho é a de um rabo feminino. Como tinha saído da cama há meia hora pensei que ainda estaria a alucinar, mas não! Quando olho de novo, vejo a gaja a tentar encontrar as calças perdidas algures no chão do meu prédio e o gajo a puxar as dele para cima. Bem, decidida a ir pôr o lixo na mesma, acendi a luz e lá fui eu escada abaixo, como se nada se passasse. Claro que quando voltei para cima fiz questão de olhar para o parzinho, que estava abraçadinho como se fosse a coisa mais normal do mundo. Bem, voltei para casa, decidida a esquecer o caso, mas começaram a ecoar gemidos pelo prédio. Pronto, foi o fim! Quer dizer, estava eu na minha casa, sossegadinha, dedicada a tarefas domésticas, e vem-me aquele parzinho lembrar o quão paradinha anda a minha vida sexual. Ainda por cima, NO MEU PRÉDIO!!! Claro que tive que me insurgir. Afastei a sonsa da Caty que estava coladinha à porta a ouvir a rambóia e, claro, quando olhei lá para baixo vi o gajo a agarrar a gaja, que estava de costas para ele, e vi o dito cujo do gajo. Que noooooojo!!!! Blarghh blarrghh blarrghhh! Quando eles deram pela minha presença, lá dei eu início ao meu discurso de moral e bons costumes, que incluiu frases tão bonitas como: "um pouco mais de decência, por favor", " vão pra vossa casa" e "se nao saem daqui já chamo a polícia e aí sim, a festa continua". Bem, os gajos deviam estar bêbados, porque ela começou a dizer que se chamava "Lola" (a Caty jura que ouviu um "oh, si Lola, si") e que estavam a ser decentes, e em lua de mel, e trá lá lá. Bati com a porta, furiosa, e continuámos à escuta. O gajo começou a perguntar à mulher (que tinha ar de prostituta colombiana) qual era a nossa porta e começou a subir as escadas e a gritar "policiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa". Enfim, muito medo! Já o estava a ver a arrombar a porta e a entrar por ali a dentro, pronto a distribuir uns belos duns tabefes. Mas pronto, o ímpeto raivoso durou pouco porque, talvez intimidados com a ideia da polícia, puseram-se a andar. Realmente, só me faltava isto! Quer-se dizer, eu não como ninguém no meu prédio (pelo menos assim, à grande e à francesa) e vêm-me estes gajos sabe-se lá de onde fazer das minhas escadas um motel! Era o que faltava! A Caty ficou triste por eu ter dado cabo da festinha dos senhores. Segundo ela, que já estava pronta a ir buscar uma cadeirinha e ficar ali, de camarote, a assistir à cena, deviamos ter esperado pelo final e gritado um "bravooooo!!! Muy bien!! Bis bis". No way! Se não há brincadeira para mim, não há brincadeira para ninguém. E mais nada!
sábado, janeiro 21, 2006
Am i too old?

Medo... muito medo. Estou aqui no cyber (a minha primeira casa) a dar uma vista de olhos nos blogs e a ouvir a TSF (aaahhh, notícias em português) e no computador do lado está uma criança de QUATRO ANOS! É uma miuda mínima e gira que só ela, que me está aqui de joelhos na cadeira, toda esticada para chegar ao teclado, a ver a página da Polly Pocket!! É o fim! Se aos quatro anos ela faz isto, nao quero imaginar aos dezoito! Estava eu a espiá-la pelo canto do olho (sim, porque tenho quase tanto medo de crianças como tenho de cães), quando a vejo esticar um dedinho em direcção à minha mão. Arrrrrggghhhhhh! Olhei para a miuda, a ver o que é que ela queria (e pronta a dar-lhe um tabefe, se fosse preciso) quando ela aponta para o ecrã e eu vejo o nome dela lá escrito! Que croma!!! E depois vá de carregar no "delete", apagar aquilo e fechar a página que estava a ver. Perguntei-lhe quantos anos tinha e espetou quatro dedos em frente ao meu nariz. A sério, estas crianças dão-me medo.
sábado, janeiro 21, 2006
Gran Vía...by Pipoca

sexta-feira, janeiro 20, 2006
E foi assim...

... que há exactamente dois anos o Pipoca Mais Doce nasceu.

Terça-feira, Janeiro 20, 2004

Um, dois, três experiência...Assumo perante todos a minha dificuldade relacional com as novas tecnologias virtuais. Estas são as minhas primeiras palavrinhas neste mundo complexo que é o dos blogs!
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Como ser reprovado numa entrevista de trabalho...by Pipoca

Gosto de ir a entrevistas de emprego. Gosto daquele nervosinho no estômago, daquela dúvida do "vamos lá ver se causo boa impressão" e, acima de tudo, da enorme capacidade que eu tenho para dizer parvoíces em alturas destas. É uma coisa que se me sai, como se a voz se adiantasse ao cérebro sem me dar tempo de fazer uma filtragem. Pior do que isso, acho que vejo um amigo na pessoa que me está a entrevistar, assim um velho companheiro com quem se vai tomar um cafézinho e pôr a conversa em dia. Hoje lá fui eu a mais uma entrevista muitíssimo bem sucedida. Depois de uma hora de viagem entre metros e autocarros e o raio que o parta, lá cheguei eu ao destino, o Faunia, uma espécie de jardim zoológico que fica para trás do sol posto. A entrevista era para um lugar no departamento de eventos, mais propriamente para dar a conhecer o parque a casais desequilibrados (e parece que há muitos!) que queiram fazer lá o seu copinho de água, no meio de pinguins e girafas e zebras. Ou seja, seria assim uma espécie de Jennifer Lopez no The Wedding Planner, sendo que também eu, à semelhança da Jenninha, me atiraria aos noivos à grande e sem qualquer espécie de pudor. Primeira pergunta: conte-me a sua experiência profissional. Primeira resposta genial: jornalismo. Momento de silêncio. Não sei se o senhor estava à espera de mais desenvolvimentos, mas eu fiquei sossegadinha, a olhar para ele, pronta para a próxima pergunta. Ora se eu só trabalhei em jornalismo, que raio queria ele que eu dissesse mais? A experiência mais próxima que tive na organizaçao de casamentos foi ter indicado o lugar a uma tia avó no copo d'água, nao me parece que seja um registo digno de um curriculum brilhante como o meu. Enfim, nao satisfeito o senhor achou por bem percorrer a minha vidinha jornalística toda, e em que área tinha trabalhado e porque é que tinha saída do jornal, e blá blá blá. "Entao, o contrato chegou ao fim e nao renovaram, foi?" . E eis que me sai a segunda resposta brilhante do dia: "nao...na verdade o jornal acabou. Pertencia a uma empresa ESPANHOLA que o fechou. E como foram os espanhóis que me tiraram o emprego, decidi vir eu para cá tirar o emprego aos espanhóis". Toma lá!
A coisa estava, decididamente, animada. E claro que chegámos ao ponto fulcral da entrevista: o meu espanhol exímio. "Sente-se à vontade para explicar aos clientes como funciona o parque?". E mais uma... "sim, é só uma questão de memorizar tudo". "Memorizar?", repetiu o senhor, com um sorrisinho já a roçar o amarelado. "Sim, primeiro tenho que estudar o parque, e depois decora-se tudo". Vi nos olhos dele que estava a ganhar pontos assim à grande, que o trabalho já era meu. Mas, só por uma questão de confirmaçao, o homenzinho achou por bem apresentar-me ao director. Devia querer partilhar com outra pessoa o verdadeiro achado que tinha diante de si.
Bem, o director começou-me logo com a conversa do "ai, eu adoro Lisboa, sabe? Eu e a minha mulher! Vamos lá imensas vezes". Eu estive para lhe dizer que também lá ia muitas vezes tendo em conta o meu problemazinho com o Centro de Emprego, mas achei por bem estar calada. Voltei a responder ao rol de perguntas que o outro já me tinha feito, devia ser para confirmar que eu era realmente um génio mas, desta feita, havia umas "tricky ones". "Conhece o Ocenário de Lisboa?". "Eeeer.....pois....não....aquilo na altura da Expo havia filas que nunca mais acabavam e então fui adiando... realmente, é um falha", respondi. "Mas posso falar da Amália e do Eusébio, aquelas morsas fofinhas e felpudas, e que também devem dar uns casacos giros, giros", pensei eu...
Seguiu-se todo um conjunto de perguntas sobre a minha vida e eu comecei a achar que o senhor director queria era dar umas voltas comigo. "Então e vive onde? Com quem? E tem carro? E quantos anos tem?". "Quantos anos me dás, bebé?", perguntei eu, enquanto me debruçava sensualmente sobre a secretária. Ah ah, brincadeirinha! Por último, a machadada final: "gosta de animais?"...pois, aqui é que a coisa se complicou. Fiz aquela pausa de quem está a pensar no que vai dizer para não ferir susceptibilidades e respondi "gosto....mas tenho medo... de cães". "Ah, mas nao se preocupe, que nao temos cá cães", elucidou-me o senhor! Uffff, muito mais descansada. Se o senhor soubesse o que eu digo das focas lá se ia toda e qualquer hipótese de arranjar um trabalhinho no Faunia. E pronto, fui recambiada com um "causou-nos muito boa impressão" (ou era piada, ou estava a referir-se à mini-saia... joking!!) e prá semana lá me dirão alguma coisa. Ou então não.
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Frases com música

"True, I'd give my right arm
To keep you safe from harm
And true, for you, I'd move to Ecuador
And I'd keep a little farm
Chop wood to keep you warm
But I don't really love you anymore"
I Don't Really Love You Anymore- Magnetic Fields

"I can't take my mind off of you
'Til I find somebody new"
The Blowers Daughter- Damien Rice

"I saw, your face
Some place
I felt this feeling before
Is it deja vu?
Do I somehow know you?"
Familiar Feeling- Moloko

"Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor"
Deixa-me Rir- Jorge Palma
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Surprise

Na caixa do correio, apenas uma carta e, dentro dela, apenas uma frase: "o essencial é invisível aos olhos". Isso eu já sabia. O problema é quando o essencial também nos é invisível ao coração.
quarta-feira, janeiro 18, 2006
É ou não é de ir às lágrimas?

Passa uma pessoa o dia à espera que a porcaria do telemóvel toque e quando, finalmente, às sete da tarde uma luzinha azul indica "un mensage nuevo", o conteúdo é "Publicidad Vodafone: ayuda a proteger nuestro planeta. Manda un sms al 5280 y donarás 1,04€ a Greenpeace". Eu quero é que a Greenpeace vá apanhar no rabinho e que as focas sejam todas mortas à paulada. A minha vontade foi enviar uma mensagem de resposta, a dizer "Publicidad Pipoca: me siento muy sola y carente a varios niveles. Podrían enviarme un chico de 1,85m, divertido y inteligente? Gracias". Palhaços.

Nota: antes que a União Zoófila me caia em cima, a parte das focas era a brincar. As focas são as mais fofinhas do mundo e dão uns casacos do mais fashion que há!
quarta-feira, janeiro 18, 2006
E ainda hoje é quarta-feira...

Quarta-feira. Estamos exactamente a meio da semana e é a partir daqui que se define se foi ou não uma semana simpática. Pelo andar da carruagem, cheira-me que a tendência será para piorar.

Coisas positivas:

- O centro de emprego ainda não se lembrou da minha existência...lembrou-se a semana passada, mas enviei uma justificação, "ai, que estou tão mal, ai que tive de ir ao médico", e pronto, a coisa passou-se. Desconfio que é apenas uma questão de dias até que me mandem mais uma bela missiva. A última carta com que me brindaram era para me apresentar para uma sessão de "técnicas de procura de emprego". Imaginei logo a coisa, eu e mais um conjunto de desempregados, com a secção de classificados do Expresso à frente e os senhores do Centro de Emprego a dizer "vá, vamos lá, hoje vamos todos aprender a fazer bolinhas vermelhas à volta dos anúncios de trabalho que vos possam interessar. Isto é meio caminho andado para uma carreira de sucesso! Muita gente famosa começou assim, a fazer bolinhas vermelhas em classificados!".
- Ganhei, finalmente, coragem para desistir daquele estágio manhoso que me fazia saltar da cama às sete da manhã. Liguei para lá a dizer que me tinha tornado correspondente de um jornal português e que, como tal, não podia estar a queimar neurónios (que já não são muitos) em frente a um computador e no meio de gente chata e completamente desinteressante. Claro que a parte do jornal português não é bem, bem verdade... pronto, ok, é mentira! Mas sou correspondente de uma mui conceituada revista de vinhos e restaurantes e escrevo textos super elaborados como se percebesse realmente alguma coisa daquilo que estou a dizer!

Coisas negativas:
- Em cerca de quatro ou cinco dias, duas viagens ao LIDL. Claro que na última, ontem, levámos o Príncipe connosco, que sempre são mais dois bracinhos vigorosos para acartar com batatas, mozzarellas, bananas e outros que tais. Todos os produtos que temos em casa são desta bonita superfície comercial. De vez em quando lá cometemos um luxo e compramos um coisinha ou outra no El Corte Ingles. Bonito, bonito é a minha amiga Caty (a que diz kispo), que faz compras no LIDL mas as enfia em sacos do El Corte porque, como ela mesma diz, ninguém precisa de saber o quão pobres somos.
- O nosso pequeno aquecedor morreu. Ao fim de dois meses de uso intensivo (dez a 14 horas por dia) e de uma conta da luz pra cima de 100 euros, o nosso bebé ficou-se. Ainda liga, ainda dá um arzinho do seu calor, mas não se aguenta mais de meio minuto. É que apesar de pequeno aquilo era uma verdadeira força de calor, que punha a sala quentinha em três tempos. Ontem dei por mim, às três da manhã, a trabalhar no computador com um saquinho de água quente em forma de coração em cima das pernas. Atingimos o limiar da pobreza. Já não sentia o nariz, nem as mãos, e acho que ainda vi passar um outro esquimó.

E ainda hoje é quarta-feira...
terça-feira, janeiro 17, 2006
O fenómeno hi5

Há muito que andava para me debruçar sobre um assunto que me faz alguma espécie e que é o "fenómeno hi5". Para os básicozinhos que não sabem o que isso é, eu passo a explicar-vos como se tivessem três anos: ora o hi5 é um programa totalmente inútil, onde a malta mete as suas fotos e pode ver as fotos de mais vinte cinco mil milhões de pessoas, e pode enviar mensagens e fazer trinta por uma linha... ou seja, é um típico programa de engate camuflado sob o epíteto de programinha para fazer amigos (tá bem, tá!). Há um ou dois anos aderi ao hi5 mas, nao vendo naquilo qualquer utilidade prática, apaguei-o ao fim de uns tempos até que, recentemente, o voltei a instalar. E foi o melhor que o podia ter feito, porque é uma verdadeira terapia de riso.

O que verdadeiramente me intriga no "fenómeno hi5" é o facto de se traçarem exímios perfis psicológicos a partir de uma simples foto. Está bem que a pessoa pode contar coisas tão interessantes e reveladoras sobre si mesma, como o filme preferido ou o estado civil, mas as fotos publicadas dizem tudo! E é por isso que eu gosto quando me mandam mensagens. Sim, porque eu posso ser uma perfeita atrasada mental, não dar duas para a caixa e nem sequer ter acabado a quarta classe, mas há gente que acha piada à foto e resolve brindar-me com frases geniais e que eu vou partilhar aqui com vocês, numa rubrica intitulada "frases geniais do hi5 que eu vou partilhar aqui com vocês". Álaber:

- "Olá, top model number 1. Além de linda de morrer...és muito sexy e sensual... tens pinta de ser super inteligente e charmosa!!! Viajo muito, mas há muito tempo que nao via ninguém como tu!! Parabéns..."... pinta de ser super inteligente?? Onde é que ele viu isso? Será pela foto em que estou a jogar Trivial???

- "Oi andava eu por aqui à procura de uns amigos e amigas quando te vi numa foto onde aparentas ser muito espontanea e divertida.... tens brilho gostava de te ter no meu grupo de amigos e quem sabe um dia podemos ir tomar um cafe num fim de semana... : - )"- eeeerrrrrr....espontânea e divertida...tá bem...

- "No teu olhar eu procuro as respostas. As perguntas, que nao tenho coragem de fazer. As dúvidas que me provocam pensamento. As carícias que desejo ter. No teu olhar eu encontro o conforto. Dos teu carinho que encontrei. Dos teus beijos que me fariam sonhar. Dos teus pensamentos que quem faz viajar. No teu olhar eu descobrir que vale a pena. Ser criança a brincar. Ser tolo em amar. Ser homem a te desejar. No teu olhar eu sinto o calor..."- isto é apenas uma pequena amostra do poema, porque a coisa continua e continua, sempre no mesmo registo...

- "Se excesso de beleza matasse eu tava no teu funeral... 1 pouco morbido mas eu seu assim"- medo, muito medo

- "Desculpa tar te a encomodar, uma MULHER LINDA como tu deve tar sempre ocupada e a receber msg a toda hora, mas era só para te dizer k sempre k abro o teu profile nao consiguo parar de olhar para a tua foto faz me confusão, tanta beleza numa mulher só, sem falar nesse teu sorriso k ate me arrepia a pele, era so para te dizer isso, tinha k desabafar"- não é um doce?? É que já ganhou!! Entrada directa para a posição número 1! Um homem que pede desculpas por me estar a "encomodar" já ganhou o meu coração!!!!

- "Uma cara simpatica, um perfil interessante...vamos "conversar" ??... "- já a seguir!

- "Parece-me que te conheço de algum lado... "--eerrrr...diz que não...

E pronto, acho que acabei de dar cabo de meia dúzia de possíveis bonitas amizades, mas eu tinha mesmo que partilhar isto! Pelo sim, pelo não, vou meter um "commited" na parte onde diz estado civil, a ver se a coisa acalma.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Bienvenidos

Venho por este meio dar as boas vindas ao Príncipe, o mais recente habitante desta bonita cidade que é Madrid. Para quem não sabe, o Príncipe é o namorado da Caty (aquela que diz kispo) e, juntos, formam o casal mais gosmento e meloso da Península Ibérica. O Príncipe é também detentor do blog Parque Jurássico, mas não vale a pena irem já a correr porque ele só põe textos novos de quatro em quatro meses. Por outro lado, dou também as boas vindas ao grande querido do Anjo do Deus que, finalmente, criou o seu próprio blog. Pode ser que assim se dedique à escrita e passe menos tempo a comentar os blogs alheios! Sonso! O Anjo do Deus está disponível no Entre Tapas e Beijos... sim, porque este menino também vive cá no burgo e até faz o jantar às meninas assim muito de vez em quando, e vai prá naite com a malta e até me ofereceu um livro de cozinha nos anos...vá-se lá perceber porque raio, porque eu sou uma verdadeira Vácondeus! Enfim, sejam bienvenidos!
domingo, janeiro 15, 2006
Madrid in gold...by Pipoca



domingo, janeiro 15, 2006
Soma do fim de semana

Horas a fio em frente ao computador para acabar um artigo + dúzias de programas cor-de-rosa + passeiozinho dos tristes pelas lojas + chuva = corto os pulsos agora ou deixo para mais tarde? Fica para mais tarde. Vou para casa ver o Casablanca e afundar-me em chocolates. Está um frio de rachar e estou com dores de alma.
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Frases com música

Decidi que a partir de hoje, e uma vez por semana, vou partilhar com vocês frases de músicas que amo desenfreadamente. Porquê? Porque o blog é meu. Parece-me razao mais do que suficiente.

"My kingdom for a kiss upon her shoulder"
Love, You Should've Come Over- Jeff Buckley

"I love the sound of you walkin' away, you walkin' away"
Walk Away- Franz Ferdinand

"It's a motherfucker, being here without you"
It's A Motherfucker- Eels

"No, not "baby" anymore,
if I need you I'll just use your simple name
Only kisses on the cheek from now on
And in a little while, we'll only have to wave"
Love Ridden- Fiona Apple

E pronto, prá semana há mais!
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Obrigada, Vueling

Adeus viagens de dez horas em combóios e autocarros sinistros. Adeus horas a tentar adormecer ora com frio, ora com demasiado calor, ora com gente chata ao lado, ora com fome, ora com roncos do vizinho de trás. Adeus histórias do arco da velha protagonizadas por passageiros sui generis (e, atençao, eu disse "sui generis", nao disse pretos, nada de más interpretaçoes! :P). A companhia aérea Vueling, uma daquelas low-cost que fazem a delícia de muitos, anunciou ontem que vai começar a voar entre Madrid e Lisboa. OBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! Mal querendo acreditar, entrei logo no site e...meus amigos.... já comprei bilhetinho para ir aí na Páscoa. Setenta euritos ida e volta... e apenas uma hora de viagem. Acho que já nao sei o que isso é! Cheira-me que me vou apresentar para o check-in aí umas cinco horas antes do suposto, só para nao perder aquela sensaçao de esperar! E depois vou fazer os possíveis para que o aviao nao arranque à hora marcada, vou armar confusao, bater nas hospedeiras e mandar coisas pelo ar! E, ao aterrar, vou ficar hoooooras à conversa com o giro do comissário de bordo! Vai ser a loucura! Se achar que é rápido demais, volto ao autocarro, é limpinho!
quarta-feira, janeiro 11, 2006
I'm unbelievable

Gosto daquela sensaçao que todos nós temos, sobretudo os portugueses, de que quando estamos no estrangeiro podemos dizer o que quisermos que ninguém nos vai entender. Mas se há coisa que todos nós já deviamos ter percebido, é que há sempre um tuga a cada esquina, seja no Burkina Faso seja... em MADRID!!! Pois é, um destes dias estava eu a andar pela rua, quando páro num semáforo e, ao meu lado, dou com um jovem português a falar ao telemóvel. Na esperança que ele fosse um terrorista que estivesse a planear um atentado no metro e que eu o pudesse denunciar (ah ah ah... risinho vingativo), fui andando ao lado dele, sempre atenta à conversa que se estava a desenrolar. Nada de jeito, pelo que percebi estava a falar com a namorada. Ora eis senao quando o menino desliga o telemóvel, se vira para o amigo que estava com ele e lhe pergunta num portuguesinho perfeitamente audível "entao, e o que é que achas destas botinhas cor-de-rosa?" (nota: era das MINHAS botinhas cor-de-rosa que eles estavam a falar). Durante meio segundo pensei "naaaaa, deixa-te mas é estar calada", mas claro que nao consegui. Virei-me para o rapaz e disse "sao giras, nao sao? Eu por acaso também gosto imenso!". E segui altiva em direcçao ao metro, imaginando que se houvesse uma banda sonora para aquela altura seria o "YOU'RE UNBELIEVABLE!!". Quanto ao rapaz, de tao surpreso e vermelho que ficou, nem conseguiu balbuciar mais nada! Toma lá que é pra nao ser sonso!
terça-feira, janeiro 10, 2006
50 situaçoes em que apetece largar um "foda-se"

1- Quando se anda a saltitar descalça pela casa, alegremente, e se bate com o pé numa qualquer superfície a atirar para o pontiagudo;
2- Quando tudo decide cair para o chao ao mesmo tempo, e ainda mal uma pessoa se está a baixar para apanhar uma coisa e já outra está em queda livre;
3- Quando se está cheio de pressa para sair de casa e as chaves do carro decidem brincar às escondidas;
4- Quando se chega a casa com um perfume novinho em folha e caro que só ele e ele entende estatelar-se no chao da sala e ficar a servir de ambientador durantes uns meses;
5- Quando se vai de viagem e se pensa que nada ficou para trás e, mesmo ao chegar ao destino, a 500 kms de casa, lembrar-se subitamente que nao se trouxe roupa interior;
6- Quando ao acabar de pintar as unhas com dedicaçao as espetamos em qualquer lado e lá se vai a pintura à vida; também há a variante "unha partida";
7- Quando num momento "caliente" se manda uma cabeçada numa cama que nos deixa praticamente KO (e sem força para proferir, sequer, um foda-se);
8- Quando o Benfica, a ganhar por 2-0, acha bonito perder por 2-3... e se for preciso ainda marca um golito na própria baliza;
9- Quando o telefone de casa e os dois telemóveis resolvem tocar todos ao mesmo tempo (momento raro, muito raro), ou entao quando se passa o dia à espera que eles toquem e e eles nem piam (situaçao frequente, muito frequente);
10- Quando a nossa oficina nos comunica que o arranjo daquela amolgadelazinha de nada ronda os 300 contos;
11- Quando um avô qualquer se planta na faixa da esquerda a vinte à hora e nao ata nem desata;
12- Quando se olha para o saldo no final da primeira semana do mês;
13- Quando há criancinhas que decidem largar aos berros num restaurante e os paizinhos, em vez de lhes pregarem um valente chapadao, ficam a olhar embevecidos para o seu rebento;
14- Quando o Centro de Emprego nos convoca quatro vezes no mesmo mês;
15- Quando se está mais de meia hora atrasado para o primeiro dia de emprego;
16- Quando se compra uma pecita de roupa e no dia seguinte está a metade do preço;
17- Quando se rasgam os collants no meio de uma festa e nao há par substituto;
18- Quando o nosso ex-namorado, aquele por quem ainda se tem um fraquinho, está aos beijos a outra a meio metro do nosso nariz;
19- Quando se arranja um gajo para dar uns beijos em frente ao nosso ex, numa tentativa desesperada de lhe fazer ciúmes, e ele nao sò se está a cagar como ainda diz "fico feliz por teres arranjado alguém" (foda-se, foda-se, foda-se!);
20- Quando se sai à rua de mini-saia, em Janeiro, e todo o frio do mundo se concentra nas nossas pernas;
21- Quando se chega ao carro e se constata que a EMEL nos brindou com um bonito bloqueador e uma multa de 80 euros;
22- Quando sair à rua só faz sentido se se puder usar "aquela" camisola, fazer uma expediçao de 20 minutos pelo armário e descobrir, com desgosto, que está no cesto da roupa suja;
23- Quando o amigo do nosso namorado nos parece 30 mil vezes mais interessante do que ele;
24- Quando o nosso namorado acha a nossa amiga 30 mil vezes mais interessante do que nós e nao se cansa de o dizer ("porque é que nao cortas o cabelo como ela? E porque é que nao a convidas para jantar connosco?");
25- Quando se cai ou tropeça precisamente no momento em que se está a tentar impressionar alguém;
26- Quando quase no final de uma maquilhagem perfeita se faz um risco com eyeliner de uma ponta à outra da cara;
27- Quando as lentes de contacto nao "encaixam" seja em que posiçao for e já se chora por todos os lados e se ganhou uma valente conjuntivite;
28- Quando a dois dias de um evento importante uma borbulha desponta no queixo ou no meio da testa e ameaça entrar em erupçao a qualquer momento;
29- Quando o despertador toca... seja a que hora for;
30- Quando a internet pifa às seis da tarde, se liga para a Netcabo pronta a bater em que for preciso, e nos respondem simpaticamente que "é uma avaria na zona, só lá para a meia noite é que volta a ter rede";
31- Quando já se está em pijama, a giboiar pela casa, e o vizinho do lado toca à porta a pedir se nao seria possível descer à garagem e chegar o carro um bocadinho mais para a esquerda (ou para a direita, conforme o vizinho), porque ele nao consegue estacionar a carripana dele;
32- Quando o puto do andar de cima se lembra de praticar guitarra eléctrica às nove da manha (ou piano, ou flauta, ou pandeireta, que aquilo é uma criança versátil que só ela!);
33- Quando se está a tentar entrar silenciosamente em casa às sete da manha e se manda um pontapé na porta que acorda a família toda;
34- Quando se está esfaimado, a única coisa que há para comer em casa é uma daquelas sopinhas instantâneas e, ainda por cima, está cheia de bichos (nojoooooo!!);
35- Quando "ele" nos diz "gosto muito de ti, mas...";
36- QUando está a chover;
37- QUando se fica sem gasolina no meio da autoestrada;
38- Quando se está a tentar adormecer ao lado de alguém que ressona;
39- QUando alguém nos apaga um cigarro na mao (foda-se 30 mil vezes ao cubo);
40- Quando o Porto marca um golo em tempo de descontos;
41- Quando nos consciencializamos que aquela miuda que odiamos de morte e que adorariamos atropelar, afinal até é gira... demasiado gira!;
42- Quando nos provadores de uma loja nos enfiamos num vestido do qual nao conseguimos sair e ficamos meia hora lá dentro a contorcer-nos para o tirar, qual artistas do circo Chen (aconteceu-me muito recentemente, foi vergonhoso!);
43- Quando sobra uma pílula na caixinha... upssssssssssss!;
44- Quando a cabeleireira finge desconhecer o significado de "é só para acertar as pontas" e decide dar asas à imaginaçao;
45- Quando fazem daqueles inquéritos de rua na tv e pedem às pessoas para cantar o hino nacional;
46- Quando se enfiam os sapatos nas p****s das pedras da calçada;
47- Quando o papel higiénico chega ao fim;
48- Quando os homens deixam gotinhas nojentas na tampa da sanita... um buraco tao grande e conseguem NAO acertar;
49- Quando o nosso ex vê em nós a pessoa ideal para os seus desabafos sentimentais;
50- Quando a água fria acaba no exacto momento em que se enfiou meio litro de champôo na cabeça e uma gigantesca bola de espuma se acumula na nossa cabeça;

Apesar de 95 a 97 por cento destas situaçoes já me terem ocorrido, juro que consegui sempre controlar-me e o máximo que deixei escapar foi um "merda" muito cobardolas. Mas agora acabou-se! Tenho 25 anos! Foda-se!
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Pipoca de cara lavada

Dois anos de vida merecem: o Pipoca Mais Doce mudou de cara, mas o conteúdo continua o mesmo de sempre, ou seja, uma verdadeira loucura! Um grande bem-haja ao Hugo que depois das ameaças de morte caso me desse cabo do blog, conseguiu pô-lo cor de rosinha e ainda mais fashion! Um doce de blog!
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Mais uma viagem, mais uma aventura

É oficial: a próxima vez que tiver de fazer uma viagem Madrid-Lisboa (ou vice-versa), freto um jactinho só para mim e aí venho eu descansada da vida. Cada vez que entro naquele autocarro pergunto-me "qual será a novidade de hoje?" e, o que é certo, é que há sempre novidades! Ontem cheguei a pensar que estava a ser apanhada, e houve uma altura em que me apeteceu dizer "vá, ok, já chega, digam lá onde é que está a câmara?". Sete Rios, oito da noite. De repente, parecia que toda a gente se tinha lembrado de vir para Madrid, tal a quantidade de gente no check-in. Com a sorte que me é característica, claro que acabei por calhar naquele autocarro manhoso, aquele que nao oferece qualquer espécie de regalia...nem um filminho, nem jornais, nada de nada. Enfim, a cair de sono como estava pensei que nao havia de ser nada e que a viagem ia passar num tirinho. Ah, inocente! Os problemas começaram ainda com o autocarro parado. Um dos passageiros entendia que se devia sentar nos primeiros lugares, ou seja, os que estao reservados para o caso de virem pessoas idosas ou de um dos motoristas precisar de descansar. Mas quem é que conseguia explicar isto ao senhor, haann?? Ninguém! O homem teimava porque teimava que queria ficar ali, o motorista berrava que nao podia ser e eu comecei a ver a minha vidinha a andar para trás. Bem, estávamos nisto do "sai, nao sai", com o motorista e o passageiro quase a pegarem-se ao estalo ("cuidado com as palavras", dizia o homenzinho), quando o senhor condutor, furioso, exclamou "ai nao sai? Entao vou chamar o inspector!". Ahhh, medo muito medo! Comecei logo a imaginar o personagem, um sujeito de gabardine, com uma lupa e olhar inquiridor, que chamaria os passageiros um a um para um interrogatório sobre o sucedido. Mas nao, o famoso inspector nao passava de um espanhol com ar de motorista da Carris. Foi a desilusao! Com muita paciência lá explicou ao senhor que ele nao se podia sentar ali, que podia escolher qualquer outro lugar, e por momentos pareceu fazer-se luz no cérebro do homem, que disse "ai é? Posso escolher outro qualquer? E depois nao me manda sair de lá?". O inspector disse que nao, que estivesse descansado, e tudo parecia estar a correr pelo melhor quando o inspector, inteligente que só ele (é por isso que é inspector, nao é??), declamou em voz alta, de forma quase dramática: "uma das condiçoes para viajar de autocarro é nao estar como o senhor, ou seja, alcoolizado". Novo "ahhhhhhhhh" de surpresa e indignaçao. Os ânimos voltaram a exaltar-se, o passageiro dizia que nao estava bebado, o inspector teimava que sim e, para tirar as duvidas, convidou-o a sair do autocarro. O anormal (perdao, o passageiro) recusou-se e entao o inspector nao foi de modas e foi chamar a polícia. "Bonito", pensei eu, que estava esganada de fome e só estava à espera que o autocarro arrancasse e as luzes se apagassem para poder atacar as minhas sandochas sem ser expulsa. Bem, o senhor agente lá chegou, mas o parvo do homem continuava a dizer que nao saía. "Nao está à espera que eu lhe faça o teste aqui, pois nao?", perguntava o polícia. Sim, pelos vistos era mesmo isso que o gajo estava à espera mas, depois de muitas promessas de que o autocarro nao seguia sem ele, e que tinha lugarinho garantido, o homem lá desceu. E das duas uma: ou ele estava efectivamente bebado ou entao foi feiamente endrominado, porque o autocarro partiu sem ele! Muito bom! Mas claro que isto nao ficou por aqui, porque o surto de parvoíce tem tendência a alastrar. Quando o motorista se preparava para fazer a contagem dos passageiros houve um  que decidiu nao se sentar. Nao lhe apetecia, pronto! O desgraçado, já a ficar nervoso, tentou explicar-lhe que o autocarro nao podia arrancar com pessoas em pé e que lhe pedia "POR FAVOR" que se sentasse duma vez. Ao fim de cinco minutos o homem lá percebeu a ideia, sentou-se e pudemos, FINALMENTE, arrancar dali! Já com uma maozinha enfiada na mala para sacar de uma sandocha, eis que toca o telefone do meu vizinho de banco ... Vá-se lá saber porque raio, o telemóvel estava em alta voz e entrou-me logo um "amorzinhooooooooooooooooooooooooo" pelos ouvidos. Calculei que fosse a namorada e a conversa ainda começou bem, mas depressa azedou... e claro que aí eu tive que baixar o volume do iPod para saber o que é que se passava ali. Às tantas o rapaz sai-se-me com um "sim, porque eu nao me esqueço que me bateste...pois, agora é desculpa, nao é? As desculpas nao se pedem, evitam-se". Com esta bonita tirada voltei a meter a música no máximo e tentei abstrair-me daquela conversa, mas sem efeito. Depois da tempestade vem a bonança, e eis que o casalzinho deu início ao típico diálogo putxi-putxi, com ele a dizer "vai já para a cama, senao amanha chegas tarde ao trabalho... mas olha, se chegares tarde dizes que foi por minha causa, porque estiveste a pensar em mim até às tantas". Arrrrrrrrrrrrrrrrrrgggggggggggggggggggggghhhhhhhhhhhhhh! Bem, com o estômago reconfortado por uma sandocha e um chocolate caí para o lado a meio da Vasco da Gama e só acordei passadas duas horas, com o vizinho de trás a roncar violentamente. Eu sou uma pessoa que pode dormir ao lado de uma betoneira, que pode adormecer num concerto de AC/DC, MAS NAO COM ALGUÉM A RONCAR! Nao dá, pronto, é mais forte que eu! É assim aquele barulhinho ritmado e terrivelmente egoísta, porque significa que alguém está a dormir a bom dormir, impedindo que os outros façam o mesmo. Voltei a ligar a música no máximo e fiz por dormir. O resto da viagem correu dentro da normalidade possível... tirando o parvo do meu companheiro de banco, que se estava a esticar à grande para cima de mim, e de estarem 35 a 40 graus dentro do autocarro. Estava eu a dormitar quando chegámos a Madrid. E eis que as luzes se acendem e a voz da Enya me entra pelo cérebro adentro, aos altos berros, seguida de um "Kiss FM... la mejor musica sin interrupciones". Ahhhhhhhh!!! Peguei nas 15 malas e corri para o táxi mais próximo como se nao houvesse um amanha (ajudada pelo grande querido do Anjo do Deus que, apesar de ter viajado num autocarro decente, esperou por mim para me ajudar com as valises!). Atirei com tudo para cima do sofá e enfiei-me na cama, de onde só saí há poucas horas. Primeiras impressoes de Madrid? A casa está um nojo. Mas está tudo em saldos!!!
domingo, janeiro 08, 2006
Sweet 25- parte III

Afinal as comemorações só terminaram esta manhã. E em grande, meus amigos. EM GRANDE! E se a minha noite pudesse ter tido uma banda sonora, a música eleita seria esta:

"If the walls in the room could talk
I wonder to myself would they lie
It's like some kind of jail
Fall from the curtains onto the bed
I'm all alone now, I can do as I please
I don't feel like doing much of anything
True love ain't that hard to find
Not that you will ever know
Would you lay here for awhile?
Please, do not let me go
Please, do not let me go

You were sweet enough to sing,
Oblivious to melody
Red suitcase full of clothes
Washed up on the shore of memory
I'm all alone now and I feel just fine
I don't feel much like doing anything
True love ain't that hard to find
Not that either one of us will ever know
Would you lay here for awhile?
Please, do not let me go
Please, do not let me go"

Ryan Adams-Please, do not let me go
sábado, janeiro 07, 2006
Sweet 25- parte II

E pronto, estão praticamente concluídas as comemorações dos 25 anos. Estou aqui que não me aguento de tanto sono, mas a noite de ontem valeu a pena. Amei o jantar, amei as prendas, amei as surpresas, amei ver os amiguinhos todos. E amei o resto. Agora há que ganhar coragem para ir fazer as malas. Amanhã estou de volta a Madrid. Com as baterias recarregadas.
sexta-feira, janeiro 06, 2006
A mais recente aquisição
















São ou não são lindos??? Happy birthday to me!
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Sweet 25

Prometi... e cumpri! Eu disse que ia dançar até cair e assim foi. Não caí, mas dancei até me deixarem, ou seja, até o Lux fechar as suas portas e me convidar, gentilmente, a sair. Não se faz!! São sete e meia da manhã e é oficial: tenho 25 anoooooooooooooos!! Vou dormir. O programa de festas continua daqui a umas horas.
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Memórias de um café à beira rio



quinta-feira, janeiro 05, 2006
Freud explicará?

Ah, como é bom receber uma mensagem de uma amiga, logo pela manhã, a dizer: "tive um sonho horrível contigo...tinhas ido para a cama com o meu namorado e depois eu disse que não estava preparada para perdê-lo e depois vocês disseram que iam continuar. E então eu arrastei-te pelos cabelos para fora do quarto e comecei a bater nele também". Eeeeeeer....medo....
quarta-feira, janeiro 04, 2006
O que eu vos gostaria de oferecer em 2006:

Maria: uma fábrica da Nestlé, um carro novo cheio de coletes reflectores, um namorado prá vida, uma máquina fotográfica topo de gama;

Diana: todas as cores do mundo, uma casa pequenina, com vista para o mar da Costa, borboletas que a acompanhassem a cada passo, coragem para nunca desistir das coisas em que acredita;

Catarina: um curso de informática (intensivo), crédito ilimitado em todas as lojas de Madrid, um castelo pra viver com o Príncipe;

Joana: o diploma, mesmo sem o curso completo; uma autocaravana para andar aí de um lado para o outro; fotos minhas pra se lembrar que eu existo!

Anita: alegria, muita alegria, para que possa continuar a espalhar a corrupção; que o telemóvel toque mil vezes ao dia e que seja sempre quem ela quer;

Kotowicz: um gato igual ao Garfield; gémeos; uma vida sempre zen, como ela;

Oliveirinha: um lugar na NBA (versão para meninas), uma casa linda em Fernão Ferro e gargalhadas que continuem a abanar as nossas vidas;

Raminhos: que as Produções Fictícias o convidem para lançar um livro; que a namorada o deixe para eu poder, finalmente, aceder ao título de Rainha do Samouco;

Miguel C.: todo o tempo do mundo (e que o partilhe comigo, claro); que nenhum miudo se meta com irmã dele; internet em casa;

Peter: energia para dançar no Lux, sempre, até ao nascer do sol; equilíbrio emocional; sucesso no mundo dos bites e bytes;

Diogo: 365 miudas, uma para cada dia do ano;

Gonçalo: todos os cds que lhe roubaram feiamente; paz de espírito; a carta de condução;

Miguel G.: que os Gato Fedorento o aceitem como novo membro; um cão querido como o Archinho;

Sebastião: um convite para designer da casa Dior/Dolce & Gabbana/Louis Vuitton, o que seja; que os Post Hit sejam reconhecidos a nível mundial e que todas as teenagers do mundo se lancem a seus pés;

Inês: saúde, toda a que houver no Mundo; outro baby querido como o Henrique; tranquilidade;

Vasquinho: um programa de rádio só dele; ia oferecer também um corte de cabelo, mas ele antecipou-se; um triunfo em Roland Garros;

De vocês espero receber a alegria, a coragem, o incentivo, os ensinamentos, a ajuda nas horas menos boas, as gargalhadas, as lágrimas, a música, o bom senso, a força de vontade, os puxões de orelhas... e tudo aquilo que têm de bom!
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Texto triste (só para variar um bocadinho)

Hoje não me apeteceu sair de casa à noite. Quebrei a rotina das primeiras três noites do ano e deixei-me estar. Não me apetece fazer nada e também não há nada que me faça saír daqui. Já percorri todos os blogues amigos, pus mails em dia, saquei músicas em atraso...o cd do Antony está a tocar. Sei que não é banda sonora mais animada do mundo, mas também não me apetece ouvir outra coisa. Sinto um vazio que não sei explicar, uma apatia, uma vontade de não fazer coisíssima nenhuma. Nem sequer de chorar. Rejeitei uma ida ao cinema (nada para ver), um jantar, uma ida ao W... hoje tudo me parece demasiado chato, demasiado difícil de fazer. Neste momento o Antony canta "hope there's someone who takes care of me" e a esperança dele é também a minha... a de todos, acho eu. O telemóvel toca de tempos a tempos e sei que amanhã, a esta hora, tudo vai ser diferente. Amanhã ninguém me pára. Amanhã ninguém nos pára.
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Coisas que nunca me ouvirão dizer:

- "Estou demasiado magra";
- "Estou com peito a mais";
- "O meu rabo é muito pequeno";
- "O Benfica não merecia ganhar";
- "O Sporting até é fofinho";
- "O Pinto da Costa não é mafioso";
- "Outras calças? Pra quê?";
- "Mantenham os chocolates longe de mim";
- "Se calhar não preciso de tanto dinheiro";
- "Quero viver em casa dos pais para sempre";
- "Acho que já tenho sapatos a mais";
- "Está na hora de iniciar uma vida de abstinência";
- "Ir ao café de carro? É já ali à esquina!";
- "Não posso ouvir o telemóvel tocar e odeio trocar mensagens"
- "O problema sou eu";
- "Adoro cuidar da casa, nasci para isso";
- "Depilação a laser?? Naaaa, prefiro aquela dorzinha aguda da depilação a cera...";
- "Baixem a música"
- "Outra tatuagem? Jamais!"
- "Tenho demasiados amigos";
- "Odeio cusquices";
- "O messenger desconcentra-me";
terça-feira, janeiro 03, 2006
"CHAMA-ME PEEEEDRO"

Acabo de chegar a casa, directamente do cinema. O que é que eu fui ver, o quê? Esse belo filme português que dá pelo nome de "Odete". Antes que me perguntem "mas onde é que tu estavas com a cabeça?", deixem-me que vos diga que tenho o cartão King Card e por isso posso ver 5000 filmes por mês. Só por isso é que me apanharam naquela sala! Muita coisa haveria a dizer sobre este filme, mas penso que vou usar a expressão que um senhor ao nosso lado usou: "isto é doentio". Por aqui estão a imaginar a qualidade da película. Como bom filme português que era, não faltaram os "foda-se" a cada três frases e cenas de sexo em abundância (ok, está bem, eram cenas de sexo gay, faz toda a diferença). E, obviamente, como bom filme português que era, também não faltou gente a sair da sala. O menino ao meu lado só dizia "não estou a acreditar nisto". O filme era mau, pronto, nada a fazer! A fotografia era má, os actores eram maus, os diálogos eram péssimos, a história era parva e sem muito sentido, tinha planos à Manoel de Oliveira e aquele arzinho pseudo-intelectual-alternativo-e-muito-à-frente-de-modo-a-que-não-se-perceba-nada que 99% dos filmes portugueses teimam em ter! E depois ainda vêm os realizadores dizer que o cinema nacional não é apoiado! Claro que não! Eles é que nos deviam pagar para irmos ver merdas destas! Acho que a cena final resume tudo: a Ana Cristina de Oliveira a simular que enrabava (desculpem, mas a palavra é mesmo esta) um gajo e a gritar "CHAMA-ME PEDRO". Acho que as pessoas da sala já se riam de nervoso e de vergonha, por estarem a assistir a uma coisa tão ridícula. Finalmente, a sala veio abaixo em gargalhadas quando no final do filme apareceu a dedicatória "para os meus pais". Coitadinhos dos pais do senhor, que não mereciam que lhes tivesse sido dedicada tal coisa. É o típico caso de uma família que anda a criar um filho para isto...
domingo, janeiro 01, 2006
2005...2006

Meia-noite: duas grandes lágrimas a rolar cara abaixo. Sete da manhã: a dançar, dançar, dançar no Lux. O ano promete.

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